"O Presidente Fernando Henrique Cardoso comunicou ao ministro da Defesa, Geraldo Quintão, sua intenção de convocar o Conselho de Defesa Nacional nos próximos dias – talvez antes do 2º turno eleitoral – para ajudá-lo a decidir sobre a compra de dois tipos de avião, constantes no Plano de Reequipamento da FAB:
- o fornecedor dos 12 aviões de transporte substitutos dos velhos Buffalos, que operam na Amazônia;
- a empresa vencedora na seleção feita pela Força Aérea para equipar com aparelhos sofisticados – radares de bordo para vigilância, busca e salvamento – os oito aviões P-3 Orion, que tomarão o lugar dos antigos "Bandeirulhas" – o P – 95.
- No que se refere ao esperado resultado do projeto FX,, os caças supersônicos que substituirão os Mirages de Anápolis (GO), o Presidente continua irreedutível. Só reunirá o Conselho depois do 2º turno, para que a polêmica escolha conte com a aprovação do presidente eleito."
Essas duas aquisições fazem parte do Programa de Fortalecimento do Controle do Espaço Aéreo Brasileiro, aprovado pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso no dia 13 de julho de 2000, com preço estimado de US$ 2.8 bilhões. Para os novos oito aviões-patrulha, que substituirão os Bandeirantes Patrulha ou "Bandeirulhas", o Comando da Aeronáutica reservou US$ 300 milhões. Parte desses recursos já foram gastos com a compra de 12 aviões P-3 Orion, da Marinha dos Estados Unidos. Desses 12, oito serão usados na missão de patrulha, dois ficarão reservados para suprimento e outros dois servirão para treinamento. Desde março de 2001 a FAB já possui o Certificado de Propriedade do primeiro P-3, faltando agora modernizá-los para que exerçam missões de patrulhamento, vigilância, busca e salvamento, o que acontecerá tão logo o Presidente da República e o Conselho de Defesa Nacional aprovem a proposta do Comando da Aeronáutica. Essas aeronaves patrulham normalmente a costa marítima brasileira, realizando não só missões internacionais de busca e salvamento, como também vigilância de atividades ilícitas (narcotráfico e contrabando). apoio à Marinha Mercante e Marinha do Brasil, além de, eventualmente, atuarem em apoio ao Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia). As empresas que participaram do Processo de Seleção para a modernização dos aviões P-3 Orion foram: EADS/CASA, Galileo Avionica e Lockheed Martin.
No que se refere ao projeto CL-X (Cargueiro Leve), que igualmente será objeto de apreciação por parte do Conselho de Defesa Nacional, 12 aviões deverão ser adquiridos para substituir os atuais C-115 Buffalo, que atualmente operam mais na Amazônia, mas serão desativados por já terem completado seu tempo de vida útil. O Comando da Aeronáutica reservou US$ 270 milhões (dos US$ 2.8 bilhões) para a aquisição dessas aeronaves. Participam do Processo de Seleção do CL-X as seguintes empresas: C295 EADS/CASA, da Espanha; o C27J Spartan LMATTS/ALENIA, uma associação de empresas dos Estados Unidos e da Itália e a Rosoboronexport, representando empresas da Rússia e da Ucrânia.
Nota Defesanet: recebemos essa informação do Ministério da Defesa. A possibilidade de escolha de dois projetos menos polêmicos parece viável. Porém o tempo para seu anúncio essa semana anterior ao segundo turno eleitoral é para aguardar. Segundo informações os dois vencedores nesses programas seriam:
1- Modernização P3–EADS / CASA
2- CLX–O avião da EADS / CASA C295.