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Defesa acompanha exercício da FAB de treinamento em cenários de guerra irregular

O ministro da Defesa, interino, Joaquim Silva e Luna, acompanhou, nesta sexta-feira (11), na Ala 5, em Campo Grande (MS), o exercício Tápio, realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB). O objetivo da atividade foi treinar militares para missões de ataque, controle aéreo avançado, resgate, busca e salvamento, em cenários de "guerra irregular", expressão utilizada para definir situações em que o enfrentamento não é feito entre forças armadas oponentes, e sim, contra grupos armados, como guerrilheiros, narcotraficantes ou crime organizado.

Batizado com o nome que significa "deus das grandes florestas", segundo a mitologia fino-húngara, o Exercício foi iniciado em 25 de abril último, em Campo Grande, e envolveu mais de 700 militares, além de diversas aeronaves, como o C-130 Hércules, o C-105 Amazonas, o C-95 Bandeirante, o E-99, os caças A-1 AMX e A-29 Super Tucano, e os helicópteros H-36 Caracal, AH-2 Sabre e H-60L Black Hawk.

Acompanhado do comandante da FAB, brigadeiro Nivaldo Rossato, e do chefe do Estado Maior-Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), almirante Ademir Sobrinho, o ministro Silva e Luna visitou os hangares onde ocorria a atividade e destacou a importância de o Exercício simular situações mais próximas da realidade atual, reproduzindo, inclusive, cenários semelhantes aos de regiões onde ocorrem missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU). 

"Quando nos preparamos para missões da ONU, é justamente esse tipo de cenário que vamos enfrentar, então, precisamos estar preparados para esse tipo de conflito, e para os armamentos que serão utilizados, para não causar danos colaterais", explicou o ministro.

Guiamento Aéreo Avançado (GAA)

O exercício Tápio também envolveu, de forma sincronizada, a participação de militares da Marinha e do Exército no curso de guiamento aéreo avançado,  que tem como objetivo treinar militares, que numa situação de conflito, possam saber indicar para aeronaves amigas os alvos inimigos de forma precisa.

Para o chefe do EMCFA, Ademir Sobrinho, esse tipo de ação integrada é o que deverá ser priorizado no futuro, como forma de economizar recursos e de aumentar a interoperabilidade entre Marinha, Exército e Aeronáutica.

"Conseguimos, pela primeira vez, fazer o curso de guia aéreo avançado para as três Forças, e começamos a estabelecer os procedimentos conjuntos e a verificação de equipamentos, que também serão conjuntos, para o apoio aéreo aproximado", afirmou o almirante.

A atividade militar vai ocorrer até 12 de maio, e possibilita reunir vinte e um esquadrões aéreos das Aviações de Transporte, Caça, Asas Rotativas, Reconhecimento, e Busca e Salvamento, além do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR), da Brigada de Defesa Antiaérea (BDAAE) e seus Grupos Defesa Antiaérea (GDAAE).

Fotos: Tereza Sobreira/MD

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