O Exército israelense utilizou nesta quarta-feira uma nova arma acústica para dispersar manifestantes palestinos, um sistema revolucionário que faz parte do material não letal comprado em razão da candidatura da Palestina na Assembleia Geral da ONU.
O "Scream", ou "Grito", foi usado nesta quarta-feira na passagem de Qalandia, entre Ramala e Jerusalém, para dispersar alguns jovens que incendiaram pneus nas ruas que dão acesso ao posto de controle israelense.
Segundo a agência oficial palestina Wafa, em questão de segundos o barulho emitido pela nova arma "desestabilizou" os manifestantes e muitos deles "caíram de joelhos".
O dispositivo também causa enjoos e náuseas, além de poder provocar danos irreversíveis ao aparelho auditivo em casos de exposição prolongada.
O efeito da nova arma dispersou os manifestantes rapidamente, e a reportagem da Agência Efe comprovou que havia pneus em chamas na principal rua de acesso à passagem, a principal entre as duas cidades.
O Exército israelense gastou mais de 100 milhões de shekels nos últimos meses na compra de materiais antidistúrbios – de novos e melhores gases lacrimogêneos a granadas que expelem um forte odor, passando por bolas e balas de borracha.
Com os novos equipamentos, Israel espera evitar baixas entre civis palestinos e que as concentrações de apoio à candidatura da Palestina se transformem em um conflito armado como ocorreu durante a Segunda Intifada, em setembro de 2000.