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Sob bombardeios contínuos, moradores da região síria de Ghouta Oriental dizem “esperar para morrer”

Moradores da região síria de Ghouta Oriental disseram estar “esperando sua vez de morrer”, depois que mais mísseis e bombas pró-governo atingiram o reduto controlado por rebeldes na manhã desta quarta-feira.

Mais cinco pessoas morreram e 200 ficaram feridas na manhã desta quarta-feira no local, alvo de um dos bombardeios mais pesados em sete anos da guerra, que deixou ao menos 250 mortos em 48 horas, segundo um órgão de monitoramento do conflito.

O ritmo dos bombardeios pareceu diminuir durante a noite, mas sua intensidade foi retomada na manhã desta quarta-feira, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos. O aumento de ataques começou na noite de domingo, atingindo o enclave que abriga mais de 400 mil pessoas.

Forças pró-governo atacaram o distrito sírio controlado por rebeldes de Ghouta Oriental nesta terça-feira, em uma onda de violência que, segundo órgão de monitoramento da guerra, deixou ao menos 250 mortos desde a noite de domingo.

O Observatório Sírio para Direitos Humanos disse que esse foi o maior número de mortes registradas em um período de 48 horas na guerra da Síria desde um ataque químico de 2013 contra Ghouta Oriental, o último grande reduto rebelde localizado perto da capital, Damasco.

A onda de ataques aéreos, mísseis e bombardeamentos desencadeou condenação internacional. A França, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, descreveu o bombardeio como uma séria violação da lei humanitária internacional.

As Forças Armadas da Síria não comentaram o assunto de imediato e Damasco diz que suas ações só visam militantes.

A violência recente na região sitiada faz parte de um amplo aumento do combate em diversas frentes, à medida que as Forças Armadas do presidente sírio, Bashar al-Assad, pressionam para encerrar a rebelião contra o governo que já dura sete anos.

O Observatório disse que o bombardeio deixou mais de 106 adultos e crianças mortos em Ghouta Oriental somente nesta terça-feira.

O coordenador humanitário da Organização das Nações Unidas para a Síria, Panos Moumtzis, condenou nesta terça-feira o ataque a cinco hospitais em Ghouta Oriental e disse que ataques intencionais contra unidades médicas “podem equivaler a crimes de guerra”.

 

Região síria tem maior número de mortes em 48 horas desde ataque químico de 2013, diz grupo

O bombardeamento da área síria controlada por rebeldes Ghouta Oriental por forças pró-governo deixou 250 pessoas mortas nas 48 horas desde a noite de domingo, informou o Observatório Sírio para Direitos Humanos, nesta terça-feira.

O órgão de monitoramento da guerra disse que esse foi o maior número de mortes registradas em 48 horas desde um ataque químico em 2013 contra o enclave sitiado que deixou centenas de mortos.

O Observatório disse que 106 pessoas foram mortas pelo bombardeamento nesta terça-feira.

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