Na manhã de 17 de fevereiro de 2018, alunos da primeira turma de cadetes composta por homens e mulheres passaram pelo Portão Monumental da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) para dar início a mais uma fase de formação como oficiais de carreira do Exército Brasileiro.
O evento é um marco para a história da Força Terrestre, que começa a formar militares combatentes do sexo feminino. No total, 414 jovens participaram da tradicional solenidade, que foi aberta ao público, sendo 33 mulheres e 10 militares estrangeiros oriundos de nações amigas.
O Comandante da AMAN, General de Brigada Ricardo Augusto Ferreira Costa Neves, explicou a importância do evento: “essa solenidade reveste-se de um significado todo especial, ao ingressar na AMAN pelos portões dos novos cadetes, eles não estão apenas entrando na nossa querida Academia, estão reafirmando um desejo inabalável de abraçar com ardor uma profissão caracterizada pela honra de servir à Pátria e defendê-la, além do orgulho de cultuar os valores, as raízes históricas e as tradições do Exército Brasileiro”.
Por costume, o aluno mais novo da turma, chamado de “claviculário”, abriu os portões para a passagem dos companheiros. Neste ano, a aluna mais nova, Emily Braz, de 17 anos, realizou a abertura oficial do portão para os colegas, que marcharam rumo ao conjunto principal da Academia. Os alunos haviam chegado à AMAN no dia 30 de janeiro, oriundos da Escola Preparatória de Cadetes do Exército, localizada em Campinas (SP), para uma intensa formação militar de quatro anos.
A família da Cadete Emily Braz assistiu à entrada da filha emocionada. “Estou muito orgulhosa dela. Ela tem se superado e sabemos que ela é capaz, ela tem sido exemplo”, disse a mãe, Eliane Braz. “Foi um momento único, estou muito feliz. Daqui pra frente a palavra-chave será superação”, ressaltou Emily.
As cadetes receberão a mesma formação de oficial combatente do Exército Brasileiro que os homens que compõem a turma, que recebeu a denominação de “Dona Rosa da Fonseca”, em homenagem à Patrono da Família Militar. Eles foram admitidos no concurso para a EsPCEx em 2016 e agora chegam aos portões das Agulhas Negras para serem declarados “Cadetes de Caxias”.
Neste ano, frequentarão o Curso Básico da AMAN e, após essa etapa, continuarão a formação em uma das armas, quadro ou serviço na Academia. Ao final do Curso Básico, as cadetes poderão optar pelo Serviço de Intendência ou pelo Quadro de Material Bélico, áreas nas quais atuarão por toda a sua carreira militar.
Novos alunos de NPOR de Itajubá iniciam formação técnico-militar para atuarem na Engenharia do Exército
Nessa quinta-feira, dia 15 de fevereiro, ocorreu, no 4º Batalhão de Engenharia de Combate (4º BE Cmb), "Batalhão Pontoneiros da Mantiqueira", a solenidade de incorporação dos novos alunos do Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva (NPOR). Anualmente, todos os candidatos passam por uma seleção criteriosa e, dentre os considerados aptos no processo de alistamento, são encaminhados à seleção especial, sendo matriculados apenas 20 jovens no NPOR.
O cerimonial teve início às 9 horas, com a presença dos alunos, de seus pais e autoridades, pouco depois de os convidados terem sido recebidos pelo comandante do 4º BE Cmb.
Após a solenidade de incorporação, houve a aula inaugural, proferida pelo comandante da organização militar. As aulas têm início, sempre, no mês de fevereiro, e a formatura de conclusão se dá no final de novembro ou início de dezembro, com a cerimônia da entrega de espadas.
O Curso do NPOR
Os NPOR são estabelecimentos de ensino militar para a formação de nível médio, da linha de ensino bélico, destinados a formar aspirantes a oficiais da reserva de 2ª classe, habilitando-os a ingressar no Corpo de Oficiais da Reserva do Exército e a contribuir para o desenvolvimento da Doutrina Militar na área de sua competência.
Os alunos, durante o curso, recebem a formação básica, moral, física e técnico-profissional, destinada a qualificá-lo para exercer a função de oficial de Engenharia subalterno de 2ª classe da Reserva do Exército. Após a conclusão, o jovem oficial estará habilitado a desempenhar funções de comando das frações elementares da tropa. De preferência, os alunos devem estar matriculados em um curso superior. As atividades são em meio expediente, justamente para incentivá-los a prosseguir nos estudos.