Agência Reuters
O ministro-chefe do Gabinete da Segurança Institucional, General-de-Exército Sergio Etchegoyen, afirmou nesta sexta-feira (12) que o governo federal decidiu que não venderá o controle da Embraer à rival norte-americana Boeing. Porém, ele defendeu uma parceria entre as duas companhias, que anunciaram em dezembro que estão negociando uma fusão.
"O governo não cederá o controle acionário da Embraer. Como vai ser a parceria, ainda não sabemos", disse Etchegoyen a jornalistas durante evento de segurança no Rio de Janeiro.
"A essência é garantir o interesse nacional e a partir daí xenofobia não vale à pena porque de repente a gente perde o bonde da história. E pode perder um boa oportunidade", disse o ministro sem dar detalhes sobre as negociações.
O presidente Michel Temer já tinha se posicionado contra a transferência do controle da empresa. O governo detém golden share na Embraer que garante poder de veto em decisões estratégicas da companhia.
Etchegoyen defendeu que o governo deveria garantir o controle da empresa, mas abrir brecha para uma associação com a norte-americana "naquilo que nos for conveniente e sintonizado com o interesse nacional".
Na semana passada, em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o órgão regulador do mercado de capitais, a fabricante brasileira de aviões também disse que uma eventual parceria com a Boeing "deve preservar, antes de mais nada, os interesses estratégicos da segurança nacional".
As ações da Embraer exibiam queda de 1% às 14h25, enquanto o Ibovespa tinha baixa de 0,25%.
Infográfico – Situação das gigantes aéreas Embraer, Boeing, Airbus e Bombardier (Foto: Infográfico/Alexandre Mauro)
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