A BORDO DO AVIÃO P-8A POSEIDON DA MARINHA DOS EUA (Reuters) – Um avião P-8A Poseidon da Marinha dos Estados Unidos envolvido nas buscas por um submarino argentino desaparecido detectou, na tarde de quarta-feira, um objeto na área em que a embarcação realizou seu último contato há oito dias, relatou uma testemunha da Reuters a bordo da aeronave.
Durante um voo da operação de busca, o P-8A Poseidon recebeu uma notificação de uma imagem de satélite que o levou a mudar de rumo em máxima velocidade.
O avião comandado pelo chefe da missão, Zachary Collver, detectou o objeto em uma zona próxima do declive continental, mas não foi capaz de indentificá-lo.
Busca por submarino entra em fase crítica devido à escassez de oxigênio
A busca por um submarino argentino que desapareceu há uma semana no Atlântico Sul entrou em uma fase crítica nesta quarta-feira, uma vez que seus tripulantes podem começar a sofrer com falta de oxigênio.
O submarino ARA San Juan pode estar sem propulsão e submerso devido a uma falha elétrica, o que deixaria seus tripulantes com pouco oxigênio, caso não tenham sido capazes de renová-lo nos últimos dias.
“Estamos na parte crítica, especialmente no que se refere ao oxigênio. Não temos nenhum rastro”, disse o porta-voz das Forças Armadas, Enrique Balbi, em Buenos Aires. Mesmo assim, Balbi expressou esperança de que o clima favorável desta quarta-feira permitirá novidades na busca, depois que o vento forte e algumas tempestades durante o final de semana dificultaram as operações de resgate, das quais participam cerca de 4 mil pessoas e aproximadamente 30 aviões e barcos da Argentina, Estados Unidos, Reino Unido, Brasil e Chile.
Até agora, uma superfície de quase 500 mil quilômetros quadrados onde acredita-se que o submarino pode estar foi patrulhada pelo ar, embora ainda falte rastrear uma ampla área de forma marítima.
Os familiares dos tripulantes começaram a mostrar desespero na cidade de Mar del Plata, onde o submarino deveria ter chegado no começo da semana.
“Viemos hoje porque tínhamos esperança de que tinham voltado. É incompreensível que tenha passado tanto tempo. Temos muita dor”, disse à Reuters Elena Alfaro, irmã de Cristian Ibáñez, especialista em radares que estava no submarino.
A embarcação deixou a cidade de Ushuaia no dia 13 de novembro a caminho de Mar del Plata, uma cidade turística localizada 400 quilômetros ao sul de Buenos Aires, e deveria ter chegado a sua base no último domingo ou segunda-feira. A última vez que o submarino fez contato com o continente foi no dia 15 de novembro.