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O que se sabe sobre submarino argentino desaparecido misteriosamente com 44 marinheiros

A Marinha argentina afirmou nesta segunda-feira (20) que o capitão do submarino ARA San Juan, que desapareceu com 44 pessoas na quarta (15), informou em sua última comunicação que a embarcação estava com problemas de bateria e que havia apresentado um "curto-circuito". O comando terrestre pediu, então, que o comandante retornasse imediatamente a Mar del Plata.

O submarino fazia o trajeto entre Ushuaia, na Patagônia, no extremo sul do continente, à base naval de Mar del Plata, ao norte. Ele se comunicou pela última vez na quarta-feira, quando estava a 432 km do ponto de partida da viagem.

O porta-voz da Marinha argentina, Enrique Balbi, disse que ainda há oxigênio e comida para a tripulação. Segundo ele, a embarcação tinha provisões para 15 dias e pode estar tanto na superfície quanto submersa, com ou sem propulsão. O submarino iniciou sua viagem na segunda-feira, dia 13.

No sábado (18), o Ministério da Defesa argentino informou que foram detectadas sete tentativas de chamada por satélite que poderiam ser do submarino, porém nesta segunda (20), a informação não foi confirmada.

O comandante da Marinha argentina, Gabriel Galeazzi, afirmou que as buscas continuarão até que a embarcação apareça.

Dez barcos e 11 aviões estão trabalhando nas buscas, segundo informou Balbi ao jornal La Nación. As condições meteorológicas na região das buscas não foram favoráveis nos últimos dias, com ventos fortes ajudando na formação de ondas de até 8 m de altura.

O Brasil enviou três navios da Marinha brasileira e disponibilizou dois aviões da Força Aérea Brasileira para as buscas. Os Estados Unidos e o Reino Unido, além de Chile, Peru e Uruguai, também ajudam nas buscas.

De origem alemã, o ARA San Juan é um dos três submarinos que a Marinha argentina tem e foi incorporado à frota do país em 1985.

Resgate

Enquanto isso, o governo argentino segue treinando equipes para um possível resgate da tripulação quando o submarino for encontrado, informa o "La Nación".

Uma câmara submarina de resgate foi transportada dos Estados Unidos para a Argentina. O equipamento pode submergir até 200 m e tem capacidade de resgatar seis pessoas por vez. O governo americano também está enviando um módulo de resgate pressurizado, que consegue salvar até 16 pessoas a cada vez que desce ao fundo do mar.

Tripulação

Entre os 44 tripulantes está uma única mulher, Eliana María Krawczyk, de 35 anos. Segundo a imprensa argentina, ela é a primeira oficial de submarino do país e da América do Sul. O pai da oficial disse ao La Nación que apelidara a filha de "Rainha dos Mares".

Na embarcação, ela ocupa o cargo de chefe de armas.

O nome do capitão do ARA San Juan também foi divulgado: Pedro Martín Fernández.

Ocupantes de submarino argentino estão vivos, acredita Marinha¹

A Marinha da Argentina acredita que os 44 tripulantes do ARA San Juan, submarino que está desaparecido desde a última quarta-feira (14), estão vivos porque a tripulação havia se preparado com suprimentos e oxigênio para uma viagem de dez dias. Equipe do Esquadrão Pelicano, da Base Aérea de Campo Grande, estão ajudando nas buscas.

Segundo o Clarín, o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, afirmou nesta manhã em coletiva de imprensa, que as buscas vão continuar até encontrar o submarino. Ele confirmou que as sete tentativas de chamadas por satélite detectadas no sábado (18) não são do submarino. “Isso foi confirmado pela empresa de comunicação por satélite após uma análise exaustiva”.

O porta-voz acrescentou que até agora não há pista sobre o lugar que está o navio. As condições climáticas na área de cobertura também não são favoráveis as buscas. "Esta é uma operação complexa. A maior dos últimos 30 anos", disse Enrique Balbi.

Esquadrão Pelicano – No total, 18 militares do Esquadrão Pelicano, da Base Aérea de Campo Grande, estão ajudando nas buscas ao submarino. A tripulação embarcou para o país vizinho na tarde do último sábado (18), a bordo de uma aeronave SC-105 Amazonas, equipada com sensores de última geração.

O avião e a tripulação escalada – 4 pilotos, 2 mecânicos, 4 FITS (Fully Integrated Tactical System), que operam o flir e o radar, e 8 observadores visuais – operam a partir de uma base aeronaval Comandante Esporaem Bahía Blanca, sul da Argentina. Segundo a assessoria de imprensa da Base Aérea, até a manhã desta segunda-feira (20) os militares ainda não tinham feito contato. As buscas feitas pela Argentina também têm apoio de Estados Unidos, Peru, Chile, Uruguai e Reino Unido.

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