As Forças Armadas do Brasil estão com um novo planejamento estratégico com o objetivo de atender as demandas humanitárias na selva da Amazônia. Para isso, ocorrerá um alinhamento entre o Exército do Brasil, dos Estados Unidos, Peru e Colômbia. Unidos, os países atenderão emergências humanitárias com a criação de uma forte base militar, mesmo que seja só para simulação.
A ideia de aproximar os Estados Unidos com o Brasil poderá trazer pontos positivos como abranger o lado tecnológico e comercial. No entanto, há críticas que enfatizam que isso poderá ocorrer de forma divergente com a União das Nações Sul-americanas, ocorrendo um distanciamento entre países vizinhos.
A base militar seria treinada para dar ajuda a imigrantes venezuelanos ou colombianos e isso teria caráter temporário. O general do Exército Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira concedeu uma entrevista para tratar sobre o assunto.
Além de cuidar dos imigrantes, haverá também treinamentos para tratar com incêndios florestais, terremotos, maremotos e enchentes, fenômenos que podem ocorrer na América do Sul.
O lugar para a base militar será criada é em Tabatinga, Amazonas, ficando na fronteira da cidade de Letícia, Colômbia e da cidade de Santa Rosa, Peru. Amazonas receberá militares de 49 países, porém os que mais se destacam é o Brasil com cerca de 1.533 militares, seguido da Colômbia com 150, Peru com 120 e Estados Unidos com 30. Os outros países levarão menos que dez representantes como a Alemanha, Rússia, Canadá, Venezuela e Japão.
O comandante deixou claro na entrevista que apenas os militares brasileiros é que estarão armados, os demais chegarão no país desarmados. "Nesse exercício, é bom que a sociedade saiba, só quem está armado é o Brasil, que vai dar segurança a essa base", disse.
Os equipamentos que serão utilizados nesse plano estratégico serão 21 aeronaves militares, entre elas helicópteros e aviões e terá várias embarcações. As aeronaves serão dos quatro principais países, sendo doze do Brasil, seis da Colômbia, duas do Peru e apenas uma dos Estados Unidos.
A simulação contará com figurantes, pessoas que serão colocadas como se fossem vítimas de um náufrago, ou fingindo-se ser imigrantes que acabaram de chegar na cidade. Moradores das cidades vizinhas se tornarão os figurantes. Os militares montarão um hospital improvisado para atender a demanda, criando também fontes de água limpa e posto de fornecimento de combustível, tudo parte da simulação.