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Putin participa de exercício militar com mísseis balísticos

O presidente da Rússia, Valdimir Putin, supervisionou pessoalmente o lançamento de quatro mísseis balísticos com capacidade nuclear durante exercício militar realizado para as Forças Estratégicas russas, comunicou o Kremlin nesta sexta-feira (27/10).

O porta-voz da presidência da Rússia, Dmitry Peskov, explicou que Putin participou de alguns exercícios que incluíram uma unidade de foguetes de propulsão terrestres, dois submarinos nucleares e vários aparatos da aviação estratégica. Peskov acrescentou que os exercícios militares eram de rotina e não estavam diretamente ligados a desenvolvimentos internacionais.

No entanto, o envolvimento direto do presidente na supervisão de lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais é um evento que raramente foi relatado pelo Kremlin no passado. Os testes, executados na quinta-feira, envolveram mísseis balísticos terrestres, aéreos e submarinos, confirmou o Ministério da Defesa da Rússia num comunicado separado.

Um foguete balístico intercontinental Topol foi disparado a partir da base de Plestsek, situada no noroeste da Rússia, e atingiu um alvo na base de testes militares de Kura, localizada na península de Kamchatka, no extremo leste do país.

Dois outros mísseis balísticos foram lançados de maneira simultânea a partir um submarino situado no mar de Ojotsk, também no extremo leste, e atingiram alvos localizados na região de Arkhangelsk, no noroeste da Rússia. O quarto foguete intercontinental foi lançado de um submarino nas águas do mar de Barents contra um alvo também localizado na base de testes militares de Kura.

Como parte das manobras, bombardeiros Tu-160, Tu-95 e Tu-22 lançaram mísseis de cruzeiro em alvos simulados nas faixas de tiro em aeródromos em Kamchatka, na região de Komi no extremo norte e no país vizinho do Cazaquistão.

O Ministério da Defesa russo declarou que todas as missões contempladas no programa de exercícios foram concluídas com sucesso. Em setembro, os exercícios militares Zapad 2017, realizados em conjunto por Rússia e Belarus, preocuparam alguns membros da OTAN, que criticaram o que descreveram como falta de transparência e questionaram as intenções de Moscou.

A Rússia rejeitou as críticas. O ministro da Defesa, Sergei Shoigu, disse numa reunião com autoridades do alto escalão do Kremlin nesta sexta-feira, que os militares continuarão fortalecendo suas forças no oeste da Rússia em resposta a um aumento de tropas da OTAN na Polônia e no Báltico. "A situação político-militar em nossa fronteira ocidental permanece tensa e está prestes a exacerbar", disse.

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