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Exercício simulado traz maior realismo ao treinamento

"Militares reunidos planejam o próximo passo para o avanço do Exército na região do Vale do Paraíba". Apesar do realismo, o combate é simulado. Trata-se de um exercício de natureza virtual, comumente chamado apenas de “Jogo de Guerra”, que contribui para o adestramento militar por meios digitais.

Assim, com o objetivo de adestrar os Estados-Maiores da 11ª Brigada de Infantaria Leve e da 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel), a 2ª Divisão de Exército (2ª DE) coordenou os Jogos de Guerra 2017, realizado em São Paulo, entre 31 de julho e 4 de agosto.

Antes do início das atividades, o software Combater foi abastecido com os dados sobre efetivo, quantidade de material bélico e de combustível. O software baseia-se na doutrina de cada arma e proporciona um alto grau de realismo ao mostrar o posicionamento e o ritmo de progressão das tropas no terreno, as baixas e a condição de degradação do poder de combate à medida que as operações avançam.

No Centro de Coordenação de Operações da 2ª DE, era possível encontrar dois personagens do jogo: o controlador e o operador. O controlador é o oficial responsável por transmitir as ordens do comandante da Unidade ao operador, que irá inserir esses comandos no ambiente virtual. O controlador ainda repassa ao comandante da Unidade o andamento do cenário do conflito.

O relator do exercício, Major Steven, enumerou as vantagens de se realizar um adestramento militar por meios digitais. “O sistema de simulação de combate por meios digitais apresenta diversas vantagens. A primeira delas é a preservação de vidas. Nós poupamos o homem de ir ao terreno e de sofrer diversos riscos.

Outra vantagem é a economia de recursos. Além disso, eu posso citar a repetição. A ferramenta “Combater” permite que a tropa execute o mesmo movimento repetidas vezes e, assim, é possível colher ensinamentos, tanto se uma manobra ocorreu de maneira correta quanto se poderia ter sido melhor. Além disso, posso citar, também, a economia de tempo.

O software permite que a gente simule um grande período de tempo num período reduzido no tempo real. E, por fim, a preservação do meio-ambiente é outro fator importante”, explicou o relator.

Para o Comandante da 2ª DE, General de Divisão Eduardo Diniz, esse tipo de exercício é econômico e poupa a Divisão de possíveis baixas. “O Jogo de Guerra é um exercício na carta em que se utiliza meios de tecnologia da informação. Ele permite que, sem levar a tropa para o campo, os nossos Estados-Maiores sejam exercitados, tanto o das Brigadas quanto o dos Batalhões. Nesse exercício, os Estados-Maiores têm a oportunidade de exercitar o Comando e Controle e a expedição de documentos, além de trabalhar em cima da doutrina”, salientou o Gen Diniz.

Durante a semana, o Comandante da 2ª DE esteve em Campinas e Caçapava, em visita às Brigadas subordinadas à Divisão para verificar o andamento dos Jogos de Guerra 2017. Ao término das atividades, ele fez um balanço do adestramento.

“O exercício teve grande aproveitamento. Tive a oportunidade de visitar os postos de controle das nossas Brigadas e dos nossos Batalhões. Vi muita atividade, muita correção de procedimentos e os nossos oficiais conversando naturalmente sobre a doutrina. Tenho certeza de que estamos prontos não só para realizar outros exercícios com a tropa no terreno, mas também sermos empregados pelo Exército em qualquer lugar do País, caso necessário”, garantiu o Gen Diniz.


 

Fotos: 2ª DE / EB

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