Há 20 anos, em 1º de agosto de 1997, era realizada reunião de Conselho de Administração da Nuclen que aprovou a primeira estrutura da Eletronuclear.
Quando surgiu, a empresa tinha como desafio vencer as dificuldades inerentes à incorporação da área nuclear de FURNAS –responsável pela operação de Angra 1 e a construção de Angra 2 – pela NUCLEN, empresa de engenharia que respondia pelo projeto das usinas contratadas no âmbito do Acordo Nuclear Brasil-Alemanha.
Detentora da missão de explorar atividades nucleares para geração de energia elétrica, a instituição tinha como principal objetivo, na época, a conclusão das obras da segunda usina nuclear brasileira.
Portaria publicada no Diário Oficial no dia 01/08/1997
Trajetória bem-sucedida
Nessas duas décadas, muita coisa aconteceu. A Eletronuclear e seu corpo técnico conseguiram tornar Angra 1 uma usina eficiente. Além disso, em 2001, Angra 2 iniciou sua operação comercial, contribuindo significativamente para o sistema elétrico em uma época de racionamento de energia.
De lá para cá, as duas usinas bateram sucessivos recordes de geração, e a participação da energia nuclear na matriz elétrica brasileira foi consolidada.
Em 2007, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deu aval para a retomada de Angra 3. Três anos depois, as obras civis da usina foram iniciadas. A construção do empreendimento estava a todo vapor até que, por problemas de ordem financeira, as atividades foram suspensas em setembro de 2015.
A Eletronuclear também se viu envolvida na Operação Lava-Jato, que apontou indícios de irregularidades nos contratos de Angra 3. Desde então, a empresa vem aprimorando suas estruturas de compliance, governança e controles internos.
Mesmo diante destes obstáculos, a geração nuclear no Brasil continuou sendo fundamental para a garantia de energia segura ao sistema elétrico. Em 2016, a central nuclear de Angra fechou o ano gerando quase 16 milhões de MWh – o melhor resultado da Eletronuclear em ano com parada de reabastecimento. Em 2017, Angra 1 completou 35 anos, alcançando a marca de 100 milhões de MWh gerados.
Angra 1 e 2 bateram recorde de produção no ano passado
Projetos em andamento
Todo esse trabalho só foi possível graças ao esforço e à dedicação de cada profissional da Eletronuclear. No momento, a empresa se prepara para a retomada das obras de Angra 3, enquanto aguarda nova aprovação do CNPE. Outros dois grandes projetos estão na lista de prioridades da companhia: a implementação da Unidade de Armazenamento a Seco (UAS), que receberá combustíveis usados de Angra 1 e 2, e a extensão da vida útil de Angra 1.