A necessidade de reforço de militares nas áreas de fronteira, em especial na foz do maior rio do mundo, o Rio Amazonas, trouxe à tona o projeto de criação da 22ª Brigada de Infantaria de Selva. Esta, já se encontra em fase de instalação no imóvel do Comando de Fronteira do Amapá / 34º Batalhão de Infantaria de Selva (Cmdo Fron AP/34° BIS), em Macapá.
Para implantação desse empreendimento, buscou-se o competente licenciamento ambiental junto ao IBAMA e, destarte, solicitou-se a Autorização para Supressão da Vegetação (ASV) da área, junto ao Instituto do Meio Ambiente e do Ordenamento Territorial do Amapá (IMAP).
A obtenção da ASV demandou estudos preliminares e planejamentos, a fim de que o órgão licenciador tivesse subsídios técnicos para liberação de tal atividade. Nesse sentido, uma equipe multidisciplinar, formada por militares do quadro técnico do Exército, com apoio do Instituto de Pesquisas Cientificas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA), realizou o inventário florestal amostral com vistas a caracterizar a vegetação local, o que confirmou ser vegetação em estágio secundário de sucessão do denominado “Cerrado Amazônico”.
Após essa etapa de estudos e consequente emissão de autorização por parte do órgão ambiental licenciador, o 8º Batalhão de Engenharia de Construção (8º BEC), responsável pela implantação da infraestrutura do Complexo, iniciou as atividades, seguindo orientações constantes no “Plano de Supressão Vegetal” aprovado, e no “Caderno de Recomendações Técnicas quanto à Supressão Vegetal do Complexo Brigada da Foz do Amazonas’’.
Essa remoção vegetal (que retira árvores, arbustos, etc.) é um processo dispendioso e ocorre com o uso de máquinas e equipamentos. A atividade inicia-se com o planejamento e a execução do inventário florestal, seguindo pelo resgate da fauna durante a supressão, traçamento e romaneio das toras com diâmetro partir de 40 cm (10 cm abaixo do diâmetro comercial) e estocagem dos materiais. Todas essas etapas são registradas para a emissão de relatórios de acompanhamento da atividade.
Em sua ampla experiência nas atividades de supressão, e com pessoal capacitado para isso, o Exército Brasileiro, por intermédio do 8º BEC, planeja suas atividades para que sejam suprimidas apenas as áreas efetivamente construíveis, mantendo a arborização nativa local, como forma de paisagismo e manutenção de áreas verdes em meio urbano, contribuindo assim para manutenção do meio ambiente original.
Fotos: 8º BEC / EB