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A logística da Aviação do Exército nas operações de amplo espectro

Cel QMB Antônio Geraldo Rodrigues, SCmt CIAvEx


A dinâmica do espaço de batalha exige a constante avaliação das capacidades necessárias para que a Força Terrestre possa atuar nas operações no amplo espectro.

Tal consideração traz implícito o desafio de conceber uma logística que seja capaz de ajustar-se à multiplicidade de situações de emprego, com suas nuances e especificidades.

Essa “logística na medida certa” deve ser capaz de prever e prover o apoio em materiais e serviços necessários para assegurar a essa força liberdade de ação, amplitude do alcance operativo e capacidade de durar na ação.

O novo manual de campanha da Logística da Força Terrestre insere-se nesse cenário, apresentando a concepção doutrinária que orienta o planejamento e a execução da função de combate logística.

Dentro desse novo contexto está inserido o emprego da Aviação do Exército e toda a logística necessária para manter a operacionalidade da 3a Dimensão da Força Terrestre.

Este artigo mostra as mudanças da Logística Militar Terrestre e seus reflexos na Logística de Aviação do Exército para o contexto das operações de amplo espectro.

A Nova Logística de Aviação do Exército

Mec?nica de Voo em trabalho de manuten??o no rotor principal de uma aeronave Pantera (HM-1). Foto: eblog.eb.mil.br
Mecânica de Voo em trabalho de manutenção no rotor principal de uma aeronave Pantera (HM-1). Foto: Agência Verde-Oliva / EB

O conceito de função passa a ser a FUNÇÃO DE COMBATE LOGÍSTICA. As sete funções logísticas passam a compor, dentro das três ÁREAS FUNCIONAIS (APOIO DE MATERIAL, APOIO AO PESSOAL E APOIO DE SAÚDE), OS GRUPOS FUNCIONAIS (SUPRIMENTO, MANUTENÇÃO, TRANSPORTE, ENGENHARIA, SALVAMENTO, RECURSOS HUMANOS E SAÚDE)

Com relação as formas de apoio, as unidades da Aviação do Exército passam a receber, como unidades vinculadas ou não, o APOIO AO CONJUNTO para a logística comum e específica de aviação, tendo em vista que o Apoio ao Conjunto passa a englobar o conceito de Apoio por Área. As formas de Apoio Específico e Suplementar, prestados através das diversas estruturas logísticas em combate, passam a compor o conceito de APOIO DIRETO.

No que tange a ESTRUTURA LOGÍSTICA NO TERRITÓRIO NACIONAL (TN), podemos observar que a logística específica de aviação na Zona do Interior (ZI) continua sendo realizada através do Parque de Material de Aviação do Exército, enquanto no TO (ESTRUTURA DO APOIO LOGÍSTICO ÀS OPERAÇÕES) ocorreram várias mudanças.

Com a criação da Força Terrestre Componente (FTC) e a subordinação direta da Brigada de Aviação do Exército (Bda Av Ex) a esse grande comando na Zona de Combate (ZC), o Batalhão de Manutenção e Suprimento de Aviação do Exército (B Mnt Sup Av Ex) passa a desdobrar a Área de Apoio de Aviação (A Ap Av) na retaguarda da ZC, próximo ao comando da Bda Av Ex e próximo à Base Logística Terrestre (BLT), onde estará desdobrado o Grupamento Logístico (Gpt Log), recebendo, em situação normal, todo o apoio da logística comum dessa grande unidade logística. O B Mnt Sup Av Ex receberá, em caso excepcional, quando não houver o desdobramento de um Gpt Log na retaguarda da ZC, o apoio da Base Logística Conjunta Recuada (Ba Log Cj R) ou Base Logística Conjunta Avançada (Ba Log Cj A) / Grupo Tarefa Logística (GTLog), que estarão desdobrados na Zona de Administração (ZA).

O Batalhão de Aviação do Exército (B Av Ex) por sua vez, quando estiver integrando uma Divisão de Exército (DE), passará a receber o apoio da logística comum através da BLT da referida DE, e não mais do extinto Batalhão Logístico de DE (B Log de DE). Já a logística específica de aviação continuará sendo prestada através do B Mnt Sup Av Ex. Tanto o Gpt Log como o B Mnt Sup Av Ex prestarão o apoio ao conjunto ao B Av Ex, tendo em vista que o conceito de apoio ao conjunto engloba o conceito de apoio por área.

Quando o B Av Ex estiver reforçando uma brigada, o apoio logístico não-específico de aviação será prestado, em apoio ao conjunto, pela Base Logística de Brigada (BLB) da referida brigada, onde estará desdobrado o seu B Log.

Por analogia, o que chamamos hoje de A Ap Av poderá ser designada como Base Logística de Aviação (BLA). A Subárea de Apoio de Aviação (SAApAv) poderá ser designada como Destacamento Logístico de Aviação (Dst Log Av). ♠


Vis?o geral da estrutura log?stica na For?a Terrestre. Fonte: Log?stica da For?a Terrestre.
Visão geral da estrutura logística na Força Terrestre. Fonte: Logística da Força Terrestre.
 

SOBRE O AUTOR

O Coronel do Quadro de Material Bélico Antônio Geraldo Rodrigues, da Turma de 1990 da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), é Gerente de Manutenção de Aeronaves, instrutor de Logística de Aviação e atual subcomandante do Centro de Instrução de Aviação do Exército.

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