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Temer anuncia hoje plano de segurança para o Rio

Carina Bacelar e Jailton de Carvalho

O presidente Michel Temer anuncia hoje o Plano Nacional de Segurança para combater o tráfico de armas e drogas. O Rio será o primeiro estado beneficiado pelas ações.

BRASÍLIA E RIO — O presidente Michel Temer anuncia hoje o Plano Nacional de Segurança, que prevê ações nas áreas de inteligência, programas sociais e uso das Forças Armadas.

Na primeira etapa, o objetivo será combater o crime organizado e a violência urbana no Rio de Janeiro. Depois, as medidas serão implementadas de forma gradual nos demais estados, de acordo com os níveis de criminalidade.

As forças de segurança deverão aumentar a repressão a focos do narcotráfico e do contrabando de armas. Ações policiais serão complementadas com programas sociais.

O governador e o prefeito do Rio poderão fazer ajustes no planejamento. Eles são esperados para uma reunião prévia com os ministros da Justiça, Planejamento, Desenvolvimento Social e Relações Exteriores, entre outros.

Na ocasião, as propostas deverão ser apresentadas pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Sergio Westphalen Etchegoyen. Depois de fechado o pacote, as propostas serão levadas ao presidente Michel Temer, em encontro previsto para 15h.

Pezão disse ao GLOBO que ainda não tem detalhes do modelo final do programa. As medidas começaram a ser planejadas no ano passado, depois das Paralimpíadas. A ideia é usar equipamentos e conceitos de integração das forças de segurança empregados durante os jogos.

A intenção do governo federal é reforçar ainda a fiscalização nas fronteiras do país, para conter o contrabando de armas e a entrada de drogas, sobretudo maconha e cocaína.

Em novembro do ano passado, parte da bancada fluminense na Câmara dos Deputados já havia procurado os Ministérios da Justiça e da Defesa para pedir apoio. A ideia dos parlamentares era aumentar o controle sobre o tráfico de armas e drogas.

— O que tínhamos pedido é que houvesse uma frente de enfrentamento à violência, por dois ou três anos — disse o deputado federal Celso Pansera (PMDB/RJ).

Um dia antes do anúncio, o Rio teve novos episódios de violência, com três arrastões ao longo do dia. O primeiro deles, de manhã, na Linha Vermelha, altura de Duque de Caxias, teve troca de tiros e acabou com fuga dos criminosos.

O segundo foi à tarde, na Estrada Grajaú-Jacarepaguá. Carros voltaram na contramão e pedestres fugiram, com medo de disparos. Em Higienópolis, na Zona Norte, motoristas também foram roubados por bandidos armados com fuzis.

O anúncio do plano de ajuda ocorre na véspera do dia em que Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa o julgamento da ação que pede a cassação da chapa de Michel Temer e Dilma Rousseff.

Além do anúncio, uma reunião foi marcada para a manhã de hoje no Palácio Guanabara entre o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, e secretários das áreas de Educação, Saúde, Esporte e Assistência Social.

A intenção da União é estender algum tipo de apoio a essas outras áreas, mas ainda não há nenhuma oferta concreta. — Em 2016, o apoio foi praticamente nulo do governo federal, que corretamente adquiriu o entendimento de que é necessário ajudar os estados — disse o secretário de Educação, Wagner Victer, que vai participar da reunião.

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