Editorial DefesaNet
O E-mail desnuda a mente guerrilheira e algo mais
Quando a presidente Dilma Rousseff e a marqueteira Mônica Moura combinaram um processo simples de comunicação, que acreditavam seguro, no final de 2014 era um simples assunto relacionado a Lava-Janto e escapar ao cerco das investigações.
O processo era simples e foi lembrado pois foi amplamente mencionado na imprensa pois foi usado pelo General David Petraeus para se corresponder com seu affair amoroso, Paula Broadwell. Porém, o Gen Petraeus desconhecia que o Procurador Geral (equivalente a Ministro da Justiça), Eric Holder, por ordem do Presidente Obama, buscava provas para tirar o general, potencial candidato republicano, da campanha presidencial de 2016.
Bastou uma simples história plantada na imprensa para esquentar a monitoração dos e-mails do General Petraeus e tirá-lo da CIA e da corrida presidencial.
O processo é simples. Escreve-se um e-mail, não é enviado, e colocado na caixa de rascunho. Por outro meio avisa-se o que seria o receptor que há uma mensagem. Lida a mensagem esta é deletada. As mensagens escritas pela presidente ficariam na caixa de rascunhos do e-mail, para não circularem, e Mônica acessaria a conta de onde estivesse.
O mesmo processo de trocas de mensagens parece ter sido usado por alguns membros da Petrobras, envolvidos nas investigações da Lava-Jato
O casal de marqueteiros fez as campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma (2010 e 2014). Eles foram presos na Operação Lava Jato em fevereiro de 2016 e fecharam acordo de delação premiada para se livrar da cadeia. O juiz federal Sérgio Moro mandou soltar Mônica Moura e João Santana em 1 de agosto de 2016.
Ao definir o e-mail, na rápida conversa entre Dilma e Mônica, a presidente expõe o lado guerrilheiro latente.
A Tradução de 2606iolanda@gmail.com
Dilma Rousseff pertenceu ao grupo guerrilheiro Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares (VAR-Palmares). Também participou dos grupos guerrilheiros Organização Revolucionária Marxista Política Operária (POLOP) e Comando de Libertação Nacional (COLINA).
Ao analisarmos o e-mail surge a mente guerrilheira:
1 – A indicação do nome Iolanda tem duas versões:
A – A primeira, mais palatável para a mídia amiga, é de que foi em referência à então Primeira Dama Iolanda da Costa e Silva, e,
B – A segunda traz a memória dos tempos operacionais da guerrilha. Iolanda era uma base médica da VAR-PALMARES, localizada na Vila Iolanda, São Paulo, onde os doentes ou feridos eram levados (os e-mails se referem a um casal doente em estado grave).
2 – O número 2606 tem uma explicação mais explícita
A – 2606 – 26 Junho 1968, é o dia do atentado da VAR-PALMARES, ao quartel do 2º Exército, São Paulo, com um carro carregado com 20 kg de explosivos. O atentado matou o soldado Mário Kozel Filho e feriu gravemente 1 Coronel e 5 soldados.
Nota – A ex-presidente Dilma (sempre negou ter participado deste atentado assim como seus colegas negam a sua participação).
É incrível que após o Escândalo NSA, em que os vazamentos de Snowden mostravam, que as comunicações do governo brasileiro, em especial da presidência eram monitorados, são usadas as redes WI-FI dos Palácio do Alvorada e Planalto para estas comunicações.
As potências que monitoram o espectro cibernético de Brasília DF devem ter agradecido muito a genial descoberta da transmissão segura entre Dilma e os marqueteiros.
Dilma x Lula em 2014
Outro fato relevante descrito por Mônica Moura, e não analisado pela imprensa, foi a de que o Luís Inácio Lula da Silva desejava ser o candidato presidencial em 2014 pelo PT.
Qual foi o motivo que impediu Lula de habilitar-se como candidato? Se ele dominava a máquina partidária. Embora nega-se isto ao Juiz Sergio Moro, na audiência de 10 Maio 2017.
Talvez a resposta fique no documento “RESOLUÇÃO SOBRE CONJUNTURA”, publicado pelo Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, reunido no dia 17 de maio de 2016 em Brasília/DF, que aprova uma resolução política com a seguinte frase (Íntegra da Resolução Abaixo via Scribd):
“Fomos igualmente descuidados com a necessidade de reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem conservadora nas estruturas de mando da Polícia Federal e do Ministério Público Federal; modificar os currículos das academias militares; promover oficiais com compromisso democrático e nacionalista; fortalecer a ala mais avançada do Itamaraty e redimensionar sensivelmente a distribuição de verbas publicitárias para os monopólios da informação.”
Lula ao apostou em uma cooptação das Forças Armadas, de forma progressiva, com Nelson Jobim. Dilma passa passa a andar mais célere indicando os ministros ideológicos: Celso Amorim, Jaques Wagner e Aldo Rebelo.
Os acontecimentos na Venezuela mostram a razão pela escolha por Dilma Rousseff como candidat a reeleição em 2014. Decisão que parece ter vindo do exterior. Lula não conseguiria conter e transformar as Forças Armadas para um formato Bolivariano.
Embora o amplo e profundo trabalho de controle feito no Poder Legislativo (Câmara e Senado Federal) e em grande parte de infiltração e domínio do Poder Judiciário.
Provavelmente foi “lembrado” o fim que teve o chileno Salvador Allende. Assim como cumpre o papel atual telecontrolado pelos seus atuais mentores.
PT Resolução Sobre Conjuntura Maio 2016 on Scribd
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Para compreendermos o texto do Partido dos Trabalhadores é fundamental a leitura da matéria do Luis Carlos Azedo “O Bolchevismo Tardio”(Link)