Major Sylvia Martins
Com o objetivo de promover a segurança marítima no Golfo da Guiné, como o combate de pesca ilegal e tráfico de drogas, a Marinha participou da operação “Obangame Express 2017”. A Força Marítima brasileira enviou para aquela região o Navio-Patrulha Oceânico Apa, com 122 militares.
Além dos brasileiros, participaram também militares europeus, norte-americanos e sul-americanos. A ação foi conduzida pela Marinha dos Estados Unidos, para capacitar militares dos países da costa oeste da África na atuação em ações de interdição marítima.
O treinamento militar abrangeu o litoral da Angola, Congo e República Democrática do Congo. Foram feitas as avaliações da interoperabilidade regional, a relação multinacional de comando e controle e a proficiência marítima dos países africanos com seus parceiros regionais do Golfo da Guiné.
Durante a operação foram elaboradas simulações, onde foram colocadas em prática técnicas de abordagem a contatos não cooperativos e a realização de treinamentos médicos, meteorológicos e com armamentos. Em um dos cenários, navios da Angola e República do Congo abordaram o navio brasileiro, simulando a verificação de pesca ilegal.
O Golfo da Guiné
O Golfo da Guiné tem cerca de 3,4 mil milhas de litoral, distribuídas por 12 países (Costa do Marfim, Gana, Togo, Benim, Nigéria, Camarões, Guiné Equatorial, Gabão Bioko, Ano Bom, São Tomé e Príncipe). Se considerarmos a Zona Econômica Exclusiva (ZEE) de 200 milhas, as águas jurisdicionais patrulhadas podem chegar a cerca de 680 mil milhas.
A “Obangame Express 2017”, que ocorreu entre os dias 20 e 31 de março, é importante porque fortalece a capacidade militar no Golfo da Guiné em garantir a segurança marítima em suas águas jurisdicionais. Deste modo, combate atividades ilícitas na região, que são questões relacionadas à soberania. A Marinha participou por meio do Comando de Operações Navais e Estado-Maior da Armada.