No dia 16 de março, os militares do 12° Esquadrão de Cavalaria Mecanizado (12º Esqd C Mec) que integram a Força-Tarefa Lobo D’Amada realizaram um exercício de adestramento em técnicas aeromóveis, com o apoio do 4º Batalhão de Aviação do Exército.
Durante o exercício foram realizadas as técnicas de infiltração e exfiltração de tropa, por intermédio de embarque e desembarque operacional, utilizando as práticas de rapel e fast rope.
Enquanto as operações pára-quedistas são chamadas de operações aeroterrestres, as operações com tropas transportadas por helicópteros e aeronaves são chamadas de operações aeromóveis ou assalto aéreo.
Assalto aéreo (ou aeromóvel) é o movimento de forças por helicóptero ou aeronave para engajar e destruir forças inimigas ou tomar pontos chaves no terreno.
As operações aeromóveis usam o flanco aéreo para inserir tropas no campo de batalha pelo ar com o potencial de levar tropas a longa distância em um curto período de tempo. Podem segurar pontos chaves para forças convencionais passarem atuando como um viabilizador. Também podem interditar áreas e realizar incursões de longo alcance.
Geralmente são lançadas de bases avançadas, com um corredor que deve ser sanitizado. As forças aeromóveis são usadas mais para operações ofensiva para surpresa e choque e não para defensiva. O assalto aéreo permite que a área de assalto seja bastante variada podendo a força de assalto explorar lacunas nas defesas, atacar os flancos e retaguarda do inimigo.
Assim como as tropas pára-quedistas, as forças aeromóveis forçam o inimigo a dispersar suas tropas para cobrir todo o Teatro de Operações para evitar surpresa.
O desenvolvimento de helicópteros apropriados favoreceu a introdução desse conceito e ele foi rapidamente adotado por outros exércitos, entre estes o exército francês, durante a Guerra da Argélia.
Mas foi o Exército norte-americano (EUA) o seu principal utilizador. Durante a Guerra do Vietnam, devido as táticas de guerrilha dos vietcongs e da grande flexibilidade do exército do Vietnam do Norte, os norte-americanos sentiram a necessidade de usar helicópteros para deslocar divisões inteiras até as zonas de combate.
Essas divisões deveriam ser leves, flexíveis e ter grande mobilidade e aliar tudo isso a um poder letal de fogo. Foi durante este conflito que os americanos criaram a 1ª Div. de Cavalaria Aérea (1st Cavalry Division (Airmobile) em julho de 1965.
Possibilidades as tropas aerotransportadas Às forças aerotransportadas podem ser atribuídas missões de natureza táctica ou de natureza estratégica.
Ultrapassando estas missões, dado o conhecimento geral que se tem das mesmas, poder-se-á dizer que as aptidões particulares destas forças e a utilização da terceira dimensão lhe permite:
– Assegurar uma grande mobilidade estratégica, possibilitando a sua intervenção rápida em todos os pontos dum teatro de Operações ou mesmo em TO diferentes. Esta característica obriga o inimigo a tomar medidas de precaução desproporcionadas em relação ao volume de forças que representam.
– Agir no interior do dispositivo do inimigo e sobre o seu território atuando sobre os seus pontos de menor resistência. O benefício da surpresa táctica em virtude da dificuldade para o inimigo, de localizar as zonas de colocação em terra e de avaliar o volume das forças empenhadas, especialmente de noite ou com mau tempo.
Na Doutrina do Exército Brasileiro, um assalto aeromóvel é uma operação de grande porte, realizada por uma força-tarefa aeromóvel (força de superfície e força de helicópteros).
Ela não envolve o transporte apenas das companhias de fuzileiros mas também todo o aparato para que a operação possa se estender por até 48 horas. Isso inclui artilharia, meios de engenharia, cavalaria (para reconhecimento), etc.
Uma missão menor não é um assalto e sim uma incursão aeromóvel. O que difere o assalto da incursão é que esta tem o efetivo máximo de uma companhia e envolve necessariamente um plano de exfiltração (não necessariamente aeromóvel).
O assalto não tem exfiltração e a tropa permanece no terreno até a junção ou ultrapassagem por outra tropa. Na concepção atual, um BAvEx (Batalhão de Aviação do Exército) tem que transportar o escalão de assalto de um BIL (Batalhão de Infantaria Leve), ou seja, duas companhias de fuzileiros. Cada esquadrilha de helicópteros tem que transportar uma companhia. Assim, o número de helicópteros vai depender do modelo da aeronave.