Os militares de Israel disseram ter abatido nesta sexta-feira um de vários mísseis antiaéreos disparados contra sua Força Aérea durante operação na Síria, em um incidente raro que afetou países vizinhos.
O Exército sírio disse ter derrubado um caça israelense durante a operação. Israel negou, dizendo que todas suas aeronaves retornaram intactas.
"Em nenhum momento a segurança dos civis israelenses ou da (IAF) Força Aérea Israelense foi comprometida", afirmou um porta-voz dos militares de Israel.
Alertas de foguete foram acionados logo cedo em assentamentos israelenses no Vale do Jordão, na Cisjordânia ocupada, e duas testemunhas da Reuters ouviram uma explosão poucos minutos depois.
Em um comunicado, os militares disseram que um dos mísseis antiaéreos foi interceptado. A explosão foi ouvida até em Jerusalém, situada a dezenas de quilômetros de distância. Não houve relatos de baixas ou danos.
Uma fonte da defesa civil da Jordânia disse que um projétil caiu em um vilarejo nos arredores de Irbid, cidade do norte jordaniano localizada a cerca de 20 quilômetros das fronteiras síria e israelense, provocando danos leves.
A fonte disse que engenheiros do Exército estão examinando o objeto, que se acredita ter sido disparado do território sírio na direção de Israel. Um vídeo publicado nas redes sociais supostamente mostra os restos de um foguete, possivelmente partes do míssil interceptador, mas a Reuters não conseguiu verificar a filmagem de maneira independente.
"De ontem para hoje a IAF visou vários alvos na Síria. Vários mísseis antiaéreos foram lançados da Síria após a missão, e os Sistemas de Defesa Aérea da IDF (Força de Defesa Israelense) interceptaram um dos mísseis", disseram os militares israelenses no informe.
Israel já realizou dezenas de ataques para evitar o contrabando de armas para o grupo libanês Hezbollah, que tem apoio do Irã e está combatendo os rebeldes ao lado do Exército sírio. Mas a interceptação de um míssil cruzando a fronteira síria foi um incidente incomum.
O alto comando do Exército da Síria disse em um comunicado nesta sexta-feira que caças israelenses violaram o espaço aéreo de seu país de manhã cedo e atacaram um alvo militar perto de Palmira, o que descreveu como um ato de agressão que ajudou o Estado Islâmico.
O comando disse que suas defesas aéreas abateram um dos jatos de Israel sobre o que classificou de "terreno ocupado" e que danificou outro. Israel refutou o relato.
