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FAB – ESCLARECIMENTO – DENÚNCIA ANÔNIMA

Nelson Düring
Editor-chefe DefesaNet


O processo de reestruturação do Comando de Aeronáutica, denominado de Concepção Estratégica Força Aérea 100, sofre um duro ataque, através de uma mensagem anônima, em longo texto de 6 páginas distribuído via WhatsApp para grande número de oficiais da FAB.

O Centro de Comunicação da Aeronáutica (CECOMSAER), publicou o ESCLARECIMENTO Nº1, DENÚNCIA ANÔNIMA, com data 25/FEV/2017, 10h:00. É uma ação inovadora onde a FAB publica sua informação oficial também via WhatsApp.

Esta ação não implica que a Força tenha abdicado de identificar a origem da mensagem anônima segundo o CECOMSAER informou a DefesaNet.

Em uma apresentação das propostas do que viria a ser a Concepção Estratégica Força Aérea 100, pelo Comandante da Força Aérea, ao Editor de DefesaNet, foi-lhe questionado se esperava reações contrárias à implantação das medidas. O TenBrig Rossato mostrou na oportunidade, Dez2015, ter o claro entendimento das possíveis insatisfações contrárias às mudanças propostas.

Abaixo texto como divulgado pelo CECOMSAER, recebido por fonte anônima. DefesaNet confirmou sua autenticidade.

ESCLARECIMENTO Nº1 – 25/FEV/2017 10h:00

DENÚNCIA ANÔNIMA

Circula na Internet tão longa quanto infundada denúncia de uma anônima covardia que tenta, pela segunda vez, desmerecer a Concepção Estratégica Força Aérea 100, trazendo em seu perverso anonimato afirmações desprovidas de qualquer traço de verdade, ofendendo a honra e a reputação de um sem-número de oficiais-generais da Força Aérea Brasileira, iniciando pelo seu Comandante.

Ainda que não devêssemos voltar nossa atenção para comentários desclassificados pela falta de provas e elaborados por quem busca sabotar a Força Aérea por despeito; neste caso, levando em consideração que possa ser oriundo da lavra de algum componente de nosso efetivo, da ativa ou não, em hipótese alguma podem ser aceitos, ampliados que foram em seis páginas e distribuídos, a esmo, pelas redes sociais.

Para entendermos o perfil de nosso acusador, que ainda não o conhecemos (“ainda”) é bom que relembremos que o processo de escolha daqueles que haverão de compor o nosso efetivo, e de suas consequentes promoções na jornada da carreira, considera, desde o ingresso, os possíveis estilos decisório e de liderança e, com muito zelo, os seus perfis comportamentais.

Ainda que a razão seja a mola propulsora de uma Força Aérea, os valores relacionados ao afeto são bastante considerados em nossos processos: a eficiência, a objetividade e a performance não são mais importantes, em nossas avaliações de desempenho, do que a empatia, a adaptabilidade, a confiança, o conhecimento de seus limites, a resiliência, o conformismo e o inconformismo.
A carreira das armas, piramidal por natureza e meritocrática por essência, não possibilita que todos galguem, ainda que a grande maioria esteja para isso capacitada, os postos finais.

Nós, os militares, amadurecemos ao enfrentarmos os conflitos e, como cidadãos, crescemos ante as adversidades que a vida muitas vezes nos impõe. Para ambos os casos, usamos recursos internos pessoais, oriundos do berço familiar e da formação castrense, como ferramentas para encararmos essas situações.

A experiência tem mostrado, contudo, que mesmo diante de todo o preparo a que nos submetemos, como seres humanos, falíveis por natureza, por vezes encontramos aqueles que, vítimas de um empobrecimento psicológico, desencontram-se da resiliência e convidam o inconformismo como companheiro de desastrosa viagem diante de uma adversidade.

A adversidade neste caso soa próximo a uma não aceitação de decisão tomada pelo excelso colegiado de nossa Força, mais precisamente o seu Alto-Comando.
Poderíamos discorrer em defesa dos onze oficiais-generais citados, oito deles do Alto-Comando da Aeronáutica, além de dois coronéis já selecionados para a promoção a Brigadeiro-do-Ar em março próximo.

É por acreditar no breve desvendamento de tão inescrupuloso e covarde cidadão, que imagina esconder-se em território livre de qualquer tipo de controle, que deixaremos que cada um dos traiçoeiramente citados tomem suas medidas judiciais.

Quanto à Concepção Estratégica, que obriga a Força Aérea a um necessário plano de reestruturação, todos os aspectos foram exaustivamente estudados e apresentados, pessoalmente pelo Comandante da Aeronáutica, para considerável fração de nosso efetivo, em quase todas as regiões do Brasil.

Tal processo de reestruturação pode ser enquadrado exatamente no primeiro parágrafo da famigerada acusação, quando cita em seu singular lapso de coerência que: “toda Instituição necessita de aprimoramentos para que possa se adequar às novas regras de mercado, tecnologias e quebra de paradigmas culturais – coisas que antes eram consideradas normais e que hoje, em hipótese alguma, devem ser aceitas”.

A Comissão de Reestruturação da FAB (CREFAB) recebeu considerável número de sugestões. Se não foram em sua maioria aplicadas, deve-se ao fato de que o Plano seguia um estudo previamente determinado, balizado por experiências vivenciadas em outras Forças Aéreas que alcançaram novos índices de retorno operacional, desbastando consideravelmente o trato burocrático.

Contudo, todas as sugestões recebidas foram analisadas, visto que, ao conter um autor, identificado e responsável pelo ato de “sugerir para crescer”, contou, e contará sempre, com o nosso mais sincero respeito.

Mais do que a importante consideração do mérito profissional para atingir postos de destaque em nossa respeitada Organização, consideramos que as mais elevadas posições hierárquicas devem ser conquistadas com base em preceitos ainda mais elevados, como a responsabilidade, a humildade e a honradez, adjetivos que passam ao largo da personalidade deste “sem nome e sem rosto”.
Sendo alguém que possa não ter atingido a desejada elevação na carreira, com este seu desastrado ato firma comprovada a sábia decisão do Alto-Comando da Aeronáutica.

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