Em 26 de fevereiro de 1991, um grupo de 40 guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, que se auto denominava "Comando Simon Bolivar", adentrou em território brasileiro, próximo a fronteira entre Brasil e Colômbia, às margens do Rio Traíra no Estado do Amazonas, e atacou de surpresa o Destacamento Traíra do Exército Brasileiro, que estava em instalações semi-permanentes e possuía efetivo muito inferior à coluna guerrilheira que o atacara.
Segundo organismos de Inteligência, o ataque teria sido motivado pela repressão exercida pelo destacamento de fronteira ao garimpo ilegal na região, uma das fontes de financiamento das FARC. Nesse ataque morreram três militares brasileiros e vinte e nove ficaram feridos, várias armas, munições e equipamentos foram roubados.
O memorial do fato foi construído no 8º Batalhão de Infantaria de Selva, em Tabatinga, para homenagear e relembrar os militares brasileiros assassinados.
Ato contínuo, as Forças Armadas do Brasil, autorizadas pelo então presidente Fernando Collor de Mello e com o conhecimento e apoio do Presidente colombiano César Gaviria Trujillo, deflagraram secretamente a Operação Traíra, com o objetivo de recuperar o armamento roubado e desencorajar novos ataques.
Mobilizando efetivos de Operações Especiais (tropas de Comandos e Forças Especiais) e helicópteros da recém-criada, na época, Aviação do Exécito, embarcações da Marinha, bem como com aeronaves de combate e de transporte da Força Aérea Brasileira, a Operação Traíra resultou num saldo de doze guerrilheiros mortos e inúmeros capturados. A maior parte do armamento e equipamento roubados foi recuperada.
As FARC entenderam o recado duro e necessário! A fronteira não favorece a sobrevivência dos fracos e a narcoguerrilha só entende posições de força. Desde a operação de represália brasileira não mais ocorreram ataques das FARC em nosso território.
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