A Alemanha começou a enviar carros de combate e outros equipamentos para a Lituânia nesta terça-feira como parte de uma missão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para reforçar a defesa do leste da Europa e mandar uma mensagem de determinação à Rússia, que criticou a escalada como um ato de agressão.
O comando do Exército alemão disse estar encaminhando por trem cerca de 200 veículos, incluindo 30 carros de combate Leopard 2, para a Lituânia, além de 450 soldados, os primeiros dos quais chegaram na semana passada. O transporte irá continuar até o final de fevereiro.
Sete décadas após o fim da Segunda Guerra Mundial, o movimento de tropas alemãs no leste europeu, mesmo que em uma missão da OTAN, continua sendo um tema delicado na própria Alemanha e na região.
Na segunda-feira, os militares dos Estados Unidos enviaram milhares de soldados e armamento pesado para a Polônia, as nações do Báltico e o sudeste da Europa, sua maior mobilização desde a Guerra Fria.
A movimentação é parte de uma estratégia combinada pelos líderes da OTAN em julho passado para tranquilizar países-membros que pertenceram ao bloco soviético e ficaram alarmados com a anexação russa da península ucraniana da Crimeia em 2014.
A aliança ocidental de 28 nações decidiu mobilizar quatro batalhões, totalizando entre 3 e 4 mil militares, para o nordeste europeu em esquema de rodízio para mostrar sua prontidão para defender membros do leste contra qualquer agressão russa.
A mobilização se concentra na Polônia e nos Estados bálticos –Estônia, Letônia e Lituânia– que temem que Moscou possa tentar desestabilizá-los com ataques cibernéticos, incursões territoriais ou outros meios.
A Rússia nega tais intenções e descreveu o comportamento da OTAN como agressivo e ameaçador.