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Polo de pesquisa científica da FAB ganha novo diretor

Ten Gabrielli Dala Vechia

O Major-Brigadeiro do Ar Carlos Augusto Amaral Oliveira é o novo diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). Em cerimônia, realizada nesta terça-feira (24/01), em São José dos Campos (SP), o oficial-general substituiu o Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Egito do Amaral, que assumiu o Comando de Preparo (COMPREP) – uma das unidades criadas no processo de reestruturação da Força Aérea Brasileira (FAB).

O Major-Brigadeiro Amaral destacou o “papel preponderante” da unidade na gestão e na execução do Programa Espacial Brasileiro, junto a outros órgãos governamentais. Segundo ele, o DCTA tem um compromisso com a área espacial, já que a Estratégia Nacional de Defesa definiu que esse é um setor estratégico e delegou a responsabilidade à FAB. Outros setores contemplados são o cibernético e o nuclear, atribuídos ao Exército Brasileiro e à Marinha do Brasil, respectivamente.

“Nós temos um compromisso com o desenvolvimento espacial, cujos programas são caros e necessitam de um grande período de maturação. Respeitando as dificuldades financeiras que o País está passando, daremos continuidade aos trabalhos e projetos”, disse.

O novo diretor também explicou a importância do DCTA como grande fomentador da indústria brasileira, citando o fato de a Embraer – terceira maior fabricante de jatos do mundo – ter sido criada no DCTA. Além disso, destacou a participação estratégica do Departamento na transferência de tecnologia do novo caça da FAB, o Gripen NG, no desenvolvimento de um Veículo Lançador de Microssatélites (VLM) e na certificação do futuro cargueiro da FAB, o KC-390. “A expansão do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) também é um projeto muito importante que estamos realizando. Nós vamos duplicar o ITA. As obras da parte básica do ensino fundamental estão praticamente concluídas e iniciaremos agora uma fase de construção dos alojamentos dos alunos”, disse o Major-Brigadeiro Amaral.

Em seu discurso de despedida, o Tenente-Brigadeiro Egito destacou o mapeamento de processos realizado nos dez meses em que esteve à frente do DCTA e a catalogação de mais de 150 projetos de pesquisa. “Em uma época na qual o Brasil tinha poucas estradas asfaltadas e raros telefones residenciais, o sonho de Casimiro Montenegro Filho, de projetar e fabricar aviões no País, seguramente pareceu extravagante aos olhos de seus contemporâneos”, afirmou.

Já o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, aproveitou a passagem de comando para falar sobre a importância do processo de reestruturação pelo qual a Força Aérea Brasileira está passando, para ficar mais enxuta e operacional. “É por meio do constante aprimoramento científico-tecnológico que poderemos manter um poder aeroespacial adequado à manutenção da soberania dos interesses nacionais", falou o comandante.

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