A área da defesa ganhou destaque com a reestruturação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), informou nesta quinta-feira (1º) o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Alvaro Prata, durante a abertura da 17ª Reunião sobre Projetos de Ciência, Tecnologia e Inovação de Interesse da Defesa (Repid).
No encontro, Prata apresentou às Forças Armadas a nova estrutura do ministério e detalhou os principais projetos desenvolvidos na área da defesa. Na avaliação dele, o encontro marca uma aproximação importante entre o MCTIC e o Ministério da Defesa. "Temos vários projetos em conjunto e uma agenda intensa. O importante é trabalhar de maneira harmônica e sinérgica para obter os melhores resultados."
O secretário destacou que três dos setores considerados estratégicos para a defesa nacional – espacial, cibernético e nuclear – contam com programas e ações específicas do MCTIC. No setor espacial, citou o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), com previsão de entrar em operação em 2017. Prata também apontou como prioridade o desenvolvimento de tecnologia para fabricar veículos lançadores de satélite, além de instrumentos de comunicações para controle aéreo, terrestre e marítimo.
No setor nuclear, o secretário enfatizou o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), que viabilizará a produção do primeiro submarino brasileiro de propulsão nucelar (SN-Br), e o mapeamento e o aproveitamento das jazidas de urânio no Brasil. Ele também ressaltou a importância da energia nuclear para a área médica, a exemplo do projeto do Reator Multipropósito Brasileiro, que pode dar ao país a autonomia na produção de radioisótopos.
De acordo com Prata, os projetos na área de defesa contam com um investimento de R$ 540 milhões do MCTIC – recursos oriundos da Finep e do CNPq. Desse total, 48% ainda estão pendentes de liberação. "A área de defesa é estratégica para o país, e seus projetos têm desdobramentos que beneficiam toda a sociedade e promovem o desenvolvimento", afirmou.
Para o diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Industrial do Ministério da Defesa, general Claudio Duarte de Moraes, a visão de longo prazo é fundamental para que os projetos na área de defesa produzam resultados e benefícios. Segundo ele, a apresentação do secretário trouxe tranquilidade em relação ao futuro das parcerias entre os setores de ciência, tecnologia e defesa.