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Militares ficarão em quartel na Copa e em 2016

Luiz Ernesto Magalhães

BRASÍLIA. Com a pacificação de morros e favelas, que reduziu os índices de criminalidade, as Forças Armadas apenas farão prontidão durante os próximos grandes eventos internacionais previstos para acontecer no Rio. O anúncio foi feito ontem pelo secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos, José Ricardo Botelho de Queiroz. Os militares ficarão nos quartéis e só serão chamados a intervir caso as forças policiais tenham problemas para controlar a segurança pública.

A medida valerá para a Jornada Mundial Católica, que trará o Papa Bento XVI para o Rio em 2013, a Copa das Confederações no mesmo ano, a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

O esquema foi revelado no seminário "Infraestrutura Turística, Megaeventos Esportivos e Promoção da Imagem do Brasil no Exterior", organizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília. No passado, o Exército costumava ir para as ruas – foi assim na Rio-92, Conferência Mundial do Meio Ambiente, e na Cimeira, em 1999.

Esse esquema de segurança também já será adotado no ano que vem, na Conferência das Nações para o Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20) que trará 120 chefes de estado e governo. Amanhã, as forças de segurança se reunião pela primeira vez no Rio para tratar do plano da Rio + 20.

Hooligans podem ter visto de entrada no país negado
José Ricardo acrescentou que, no caso da Copa do Mundo, a grande preocupação não é com a segurança dos estádios. Mas com as torcidas em grandes áreas de convivência conhecidas como Fam Fest. O secretário disse ainda que medidas preventivas serão adotadas para a Copa com o objetivo de evitar a entrada no Brasil de hooligans ou outros grupos com histórico de violência em estádios ou suspeitos de ligação com terrorismo. Isso inclui até mesmo a possibilidade de negar visto de entrada para no país.

– Temos que garantir alegria com cidadania. A segurança não é um fim mas um meio para isso – afirmou o secretário.

Outra preocupação do secretário é combater a prostituição e o tráfico infantil nos eventos e, por isso, serão feitas blitzes.

O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Wilson Roberto Trezza, apresentou no seminário um plano para a implantação de um núcleo Central de Inteligência de Grandes Eventos em Brasília com uma filial no Rio. A Abin pretende treinar também entre três mil a quatro mil servidores e instalar núcleos de inteligência nas 12 cidades da Copa, que passarão por rigorosa vistoria.

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