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Do Gericinó ao Taquarichim: Boinas Pretas superando desafios – 20 Anos do CIBld


Ten Cel Cav Carlos Alexandre Geovanini dos Santos


Há precisamente cem anos, o mundo testemunhava o primeiro emprego de carros de combate na ofensiva do Somme, na França. Segundo Stephen Rosen em sua obra Winning the Next War – Innovation and the Modern Military, a introdução dos carros de combate nos campos de batalha da Primeira Guerra Mundial é considerada um caso de sucesso de inovação nos meios militares.

Os britânicos, pioneiros em sua utilização, desde a origem perceberam a necessidade da criação de uma estrutura que pudesse colher as lições aprendidas em combate, processá-las e disseminá-las, a fim de padronizar e melhorar o desempenho das frações blindadas, bem como identificar a necessidade de produção de conhecimento. José Pessôa, ex-combatente e estudioso do assunto, compartilhava da mesma opinião dos ingleses.

Setenta e cinco anos depois do lançamento de sua obra Os Tanks na Guerra Europeia, o sonho do Marechal se tornara realidade com a criação do Centro de Instrução de Blindados. Desde o início, os integrantes do Centro se viram desafiados a produzir conhecimento de qualidade, superar desafios como a restrição de espaço e escassez de material, a se adaptar a situações novas e complexas.

O presente artigo foca em três deles: a criação, a consolidação e a reestruturação e expansão, concluindo que, quaisquer que sejam os desafios futuros da OM, ela irá vencê-los, pois sua cultura organizacional está impregnada pelo gene do comprometimento, da superação dos óbices, da inovação, da reinvenção e da busca por alternativas viáveis. Enfim, somos, porque queremos ser!

Primeiro Desafio: a Criação

“Somos, porque queremos ser!”


Nos idos de 1996, por decisão do então Ministro de Estado do Exército Zenildo Zoroastro de Lucena, deu-se a criação de uma nova organização militar, doravante denominada Centro de Instrução de Blindados (CIBld). O contexto de tal decisão remonta à então necessidade de renovação de nossa frota de blindados sobre lagartas, ainda baseada no M-41. Assim, foram adquiridos os veículos Leopard 1A1 belgas e os americanos M-60 A3TTS.

O salto tecnológico propiciado pela nova aquisição fora considerável. De uma blindagem pouco espessa, motores intercambiáveis com a indústria automobilística nacional e sistema de aquisição de alvos baseado apenas em uma torre de giro manual não estável e mera ampliação da capacidade visual do atirador, fomos apresentados à realidade dos carros de combate principais (MBT)[1], com sua proteção blindada reforçada, peso de mais de 40 toneladas, sistema de propulsão integrado ao de aquisição de alvos, torre estabilizada, infravermelho e visores termais, o que conferia uma real capacidade de combater à noite.

A exploração de todo esse poder de combate conferido pelas novas tecnologias embarcadas era desafiadora. Como preparar as novas guarnições? Como reter e disseminar o conhecimento? Como reestruturar a cadeia logística? Como realizar a manutenção diária de toda a parafernália que acompanhava os novos blindados, tais como simuladores e ferramental?

Isso tudo sem pensar em como estabelecer uma estrutura de pesquisa que viabilizasse a descoberta de soluções próprias e originais para os problemas que o emprego destes carros de combate acarretaria em um teatro de operações com temperaturas variando entre 0º e 45º, uma miríade de pequenos rios, de fundo lodoso e densa mata ciliar, precária rede viária, dependente de pontes de madeira e assolada por chuvas torrenciais. A pergunta que se colocava era se o nosso consagrado sistema de ensino daria conta de tamanho desafio.

A estrutura que dispúnhamos à época para lidar com tais problemas no nível subunidade e inferiores era a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), instituição de ensino de excelência, de inquestionável importância para a formação do oficial combatente. Muito além do ensino eminentemente técnico, a AMAN busca transmitir aos novos oficiais os valores que norteiam não somente a Instituição, mas também a própria carreira das armas. Assim, a AMAN tinha seus recursos humanos e materiais dimensionados para esta tarefa, que, por si só, já atinge proporções hercúleas.

A resposta aos novos desafios extrapolava a capacidade que o Exército possuía em Resende. Nesse ponto, convém olharmos para o retrovisor e revisitarmos as lições brindadas pela história militar. Como tais problemas foram abordados e resolvidos por outras instituições militares? Então, proponho retornarmos às origens, ao distante mês de setembro de 1916, no vale do rio Somme, na França.

Há precisamente 100 anos a humanidade testemunhava a carnificina provocada pelos meios e métodos de combate empregados na Primeira Guerra Mundial. A questão que se colocava era como superar o impasse exigido pela macabra monotonia imposta pela guerra de trincheiras, com frentes bem delimitadas, constantemente assoladas por intensos bombardeios de artilharia, onde o emprego judicioso de metralhadoras tornava os assaltos frontais em campo aberto uma tática extremamente custosa em vidas humanas.

Ademais, a mobilidade tática estava em grande medida atrelada aos limites da força muscular de homens e cavalos, o que negava aos comandantes a exploração eficaz dos ganhos táticos obtidos nos engajamentos. Na procura de soluções, buscara-se a introdução do vetor aéreo, a utilização de gases tóxicos, o emprego de táticas de infiltração das Sturm Truppen alemãs.

Nenhuma delas foi tão eficiente como a inovação produzida pelos ingleses através da introdução dos “destruidores de metralhadora” ou, como conhecidos pelos soldados germânicos, dos “monstros de aço”.

Na brilhante obra sobre inovação nos meios militares, Stephen Rosen sustenta que os relatórios de combate produzidos após o primeiro emprego dos tanks davam conta de que, dos 49 veículos empregados no primeiro dia de combate, apenas 9 foram capazes de acompanhar a infantaria e atingir os objetivos finais[2].

Ainda assim, o sucesso fora retumbante. Além disso, os britânicos concluíram que, sob o prisma tático, para tirar o máximo de proveito dos carros de combate seria necessária verdadeira revolução intelectual e organizacional. O Exército britânico de então não possuía um órgão que fosse capaz de colher as lições aprendidas no campo de batalha, processá-las e disseminá-las a fim de melhorar o desempenho das unidades combatentes[3].

J.F.C. Fuller advogava a criação de uma instituição que centralizasse o desenvolvimento doutrinário, bem como o ensino do combate embarcado, e que congregasse profissionais de todas as armas envolvidas, tais como Infantaria, Cavalaria, Artilharia e Logística.

Em 1918 a Força Terrestre britânica já havia lançado as bases intelectuais para o desenvolvimento da doutrina de armas combinadas que viria a se consolidar anos mais tarde durante a Segunda Guerra Mundial[4], constituindo a introdução dos tanques pelos britânicos como um caso de inovação militar bem sucedida.

Em 1921, o então Capitão José Pessôa, figura de destaque não só na criação da Companhia de Carros de Assalto, como também da AMAN, expressara na obra Os Tanks na Guerra Européia a necessidade de estudo aprofundado dos “carros de assalto”, bem como da criação de estágios em estabelecimento de ensino específico para habilitar oficiais e sargentos a dominarem o emprego tático e a técnica de utilização dos novos meios de combate[5].

A leitura dos parágrafos acima deixa claro que, desde a origem, o emprego de blindados se mostrou como uma inovação, que demandava a criação de estruturas capazes de gerar aprendizado constante, além da pesquisa de soluções inéditas para os problemas advindos da aplicação desse novo vetor de combate.

José Pessôa, ele próprio ex-combatente, testemunha ocular e estudioso do assunto, estivera convencido da mesma necessidade visualizada pelos britânicos. Setenta e cinco anos após a publicação dos Tanks na Guerra Europeia, o sonho do Marechal tornava-se realidade com a criação do Centro de Instrução de Blindados.

Segundo Desafio: a Consolidação

Apesar de criado, o Centro ainda sofria com as restrições de espaço, pessoal e material, e com o sentimento de alguns que o viam como dispensável. Os bravos companheiros do núcleo do CIBld que funcionava no então QG da 5ª Bda C Bld no Realengo-RJ tiveram a tarefa pioneira de iniciar a sistematização do ensino técnico dos novos carros de combate, além de incorporar essa nova abordagem aos blindados já em uso. Um marco importante nessa fase foi o lançamento do Estágio Básico de Blindados, que preparou o terreno para o lançamento de estágios específicos para ensino técnico do manejo das novas viaturas.

No ano 2000, com o afluxo de instrutores oriundos de cursos de caráter técnico e tático na Alemanha, Bélgica e EUA, se deu a introdução dos estágios táticos módulos FT SU Bld, Pel CC, Pel Fuz Bld e Seç Cmdo. O grande diferencial dessa abordagem foi a união de todos os diversos módulos por ocasião dos exercícios no terreno, inovação que melhorou o padrão de ensino, haja vista a visão de conjunto do emprego da SU Bld que os estagiários passaram a adquirir.

Logo, não só eram compartilhadas as visões de infantes, cavalarianos e artilheiros, como também as dificuldades de manutenção do poder de combate da FT por meio do estudo das técnicas de evacuação de feridos, recompletamento de pessoal, suprimento de água, comida, combustível e munições. Para tanto, utilizavam-se simulacros que guardavam os pesos e dimensões reais dos invólucros dos principais tipos de munição utilizados pela FT, além das técnicas de arbítrio de engajamento tático praticadas pelo CAADEx.

Com a realização dos estágios táticos, evidenciaram-se não somente os pontos ainda deficientes na instrução da tropa blindada, mas também aquilo que o Centro ainda precisava conhecer, materializados nos elementos essenciais de informação doutrinária, que norteavam a necessidade de pesquisa a ser conduzida pelo CIBld.

No biênio 2000-2001 houve intensa produção doutrinária, na qual foram incorporados nas edições produzidas dos manuais dos Pel CC, Pel Fuz Bld, Caderno de Instrução Seç Cmdo e de Armas AC conhecimentos adquiridos com a realização dos estágios táticos e da pesquisa mencionada acima.

Surgiram, ainda, as primeiras cadernetas operacionais6 dos Pel CC e Fuz Bld, à semelhança da famosa caderneta de patrulha empregada no Curso de Operações na Selva. A título de exemplo de todo esse processo, citamos o estudo da problemática de transmissão de ordens nas frações encouraçadas, cujo fruto foi a adaptação para a FT SU Bld do conceito de ordem fragmentária, via sistematização e padronização de seu emprego às condições dinâmicas e fluidas do combate embarcado.

Tal ferramenta rapidamente se popularizou entre os combatentes blindados por sua simplicidade e eficiência na transmissão de ordens em movimento, essenciais ao bom desempenho de qualquer fração da tropa blindada.

Outro ponto de destaque nessa fase de consolidação do Centro foi o reforço ao culto de valores importantes à tropa blindada, tais como o domínio do conhecimento técnico do material empregado através de uma sólida base teórica aliada à prática com o material, a importância da manutenção diária do equipamento e o reconhecimento da importância da tropa blindada nas operações de combate terrestre, que se materializou por meio da composição de inúmeras canções de corrida tão caras à nossa cultura e tradição militares.

Todos estes vetores atuavam para difundir uma mística de profissionalismo que contribuiu para o aumento do moral dos boinas pretas em todo o Brasil. A síntese de todo esse período pode ser encontrada na frase “Somos, porque queremos ser”, lançada no Comando do Coronel Milton Guedes Ferreira Mosqueira Gomes.

Sua essência significava que os combatentes blindados dominavam sua forma de combater tanto quanto os paraquedistas e guerreiros de selva, considerados como tropa de elite de nosso Exército, e que aqueles nada ficavam a dever a estes.

Terceiro Desafio: a Reestruturação e Expansão

Em 2004, o Exército pôs em prática o plano de reestruturação da tropa blindada. Com ele, o Centro transferiu-se para a acolhedora guarnição de Santa Maria-RS. Dentre inúmeras vantagens, a transferência propiciou melhores instalações, um campo de instrução que proporcionava melhores áreas de maneabilidade para os carros de combate, maior proximidade das unidades blindadas e mecanizadas, e uma característica muito importante: espaço para expansão.

Apesar de toda dificuldade imposta pela transferência, a adaptação foi rápida. Os temas táticos dos estágios sofreram um proveitoso processo de atualização ao novo terreno a aos conceitos modernos trazidos pelo estudo da experiência da coalização que combatia nos conflitos do Iraque e Afeganistão, assim como na chegada ao Centro de militares que haviam integrado a Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (MINUSTAH).

Dessa forma, os temas passaram a contemplar o combate em áreas urbanizadas e a instrução deste assunto específico evoluiu de uma simples palestra em 2006, para um tema tático completo já no ano subsequente, inclusive com a realização de pistas de maneabilidade de Pel CC, Fuz Bld e SU Bld, com destaque para o incremento da instrução de tiro embarcado nos níveis grupo, pelotão e subunidade. Para tanto, houve a necessidade de inserção de carga horária técnica nos estágios táticos, reforçando a ideia de complementaridade entre ambas.

Ampliou-se o número de estágios, com a introdução do estágio de Pel Exploradores, Esqd e Pel C Mec, Seç Cmdo de Esqd C Mec e o estágio para comandantes de OM Bld/Mec.

Esse período testemunhou ainda uma maior integração entre os diversos módulos da FT SU Bld e Esqd C Mec, além de maior inserção do OA Art tanto na maneabilidade quanto na solicitação e coordenação do apoio de fogo. Houve melhoria significativa na mentalidade de defesa AAAe dos blindados, com substancial incremento dos padrões de instrução ministrada.

A simulação talvez tenha sido a área em que o CI_Bld tenha mais evoluído ao longo dos anos e só a descrição desse processo mereceria um artigo separado. Da criação da Seção de Simuladores, que passou a conduzir temas de instrução no biênio 2006- 2007, em uma sala de instrução utilizando o software steel beasts, até a criação de um pavilhão inteiramente dedicado a este fim, com equipamento de ponta, muita coisa ocorreu e muito conhecimento foi gerado.

No período 2008-2011, o Projeto Leopard gerou a alocação de recursos que desencadearam a construção da pista de tiro para os Pel CC no Campo de Instrução de Saicã, além do intercâmbio de instrutores com o Exército chileno, cujo amadurecimento levou à introdução do curso avançado de tiro para carros de combate, antiga aspiração dos pioneiros. Tal avanço representou mais um passo decisivo rumo à aquisição, retenção e disseminação de conhecimento relativo ao tiro de guarnições blindadas em nosso Exército.

No tocante à produção de conhecimento, foram lançadas as cadernetas operacionais para as tropas mecanizadas, além do esforço para atualização dos dados médios de planejamento referentes ao combate embarcado. Neste contexto, procurouse mensurar tempos médios de engajamento para as diversas guarnições dos carros de combate em uso pelo EB, bem como duração do recompletamento de combustível e munição das viaturas, tanto na base de operações quanto em zonas de reunião, de dia e de noite. Outra vertente desse projeto foi a melhoria do plano de embarque das viaturas da Seç Cmdo.

A busca pela melhoria dos padrões de instrução fez com que o CIBld passasse a integrar o plano de cursos de militares estrangeiros no EB (PCMEEB), conduzido pelo EME. Dessa forma, o Centro passou a receber oficiais e sargentos de nações amigas para os seus vários estágios. Argentina, Bolívia, Colômbia, Paraguai, Suriname e Uruguai enviaram representantes ao longo do período em questão, o que mostra que o CIBld consolidou-se não somente no plano nacional, mas passou também a ser um estabelecimento de ensino de projeção regional na América do Sul.

Um passo decisivo na expansão experimentada pelo CIBld foi a decisão de incorporar no portfólio de assuntos ministrados em seus variados estágios aqueles relacionados à arma de Engenharia e ao Quadro de Material Bélico, o que rendeu agressivo plano de ampliação das instalações, que foram adequadas aos padrões técnicos necessários ao ensino de conteúdo técnico anteriormente transmitido na EsMB.

Conclusão:

Lá se vão 20 anos… Desde sua data de criação até os dias atuais, o Centro de Instrução de Blindados vem experimentando ascensão constante em sua capacidade de atuar como estabelecimento de ensino responsável por reter, processar, disseminar e produzir conhecimento técnico e tático referente à tropa blindada no escalão subunidade e inferiores, contribuindo decisivamente para a melhoria dos padrões de operacionalidade da tropa blindada do Brasil e projetando positivamente o Exército Brasileiro no cenário sulamericano.

Com tal reestruturação organizacional, o EB buscou alinhar-se com os ensinamentos colhidos pelos britânicos na Primeira Guerra Mundial e com a visão de futuro do Marechal José Pessôa, primeiro Comandante da Companhia de Carros de Assalto e primeiro teórico do emprego de blindados da América Latina.

Do Renault até os nossos dias, ou melhor, de 1996 para cá, o Centro vem fazendo exatamente o que reza sua canção, ou seja, superando desafios, sempre ao lado da tecnologia, incentivando a harmonia entre homem e máquina, o estudo aliado à prática, e perseguindo o objetivo de constituir-se em verdadeira forja da tropa blindada do Brasil.

O sucesso do CIBld não está no fato em si de ser um estabelecimento de ensino onde servem militares capazes e motivados. Está muito além disso. O centro traz em sua cultura organizacional o gene do comprometimento, da superação dos óbices e o da inovação, da reinvenção, da busca por alternativas viáveis, o que nos dá a tranquilidade de afirmar que, quaisquer que sejam os desafios reservados pelo futuro, eles serão precisamente detectados pelos nossos optrônicos e devidamente engajados pelos nossas guarnições, que estarão à altura de quaisquer obstáculos.

Dedico este artigo a todos os oficiais, subtenentes, sargentos, cabos e soldados que, das íngremes subidas do Gericinó até os gélidos charcos do Taquarichim, participaram dessa história, oferecendo seu suor e amor a esta unidade para torná-la a referência em que hoje se constitui. Que tais boinas pretas jamais sejam esquecidos! Enfim, FOMOS, PORQUE QUERÍAMOS SER!!!

NOTAS:

[1] Do inglês MBT: main battle tank.
[2] Rosen, Stephen Peter, Winning the next war: innovation and the modern military  (London: Cornell University Press, 1991), p. 122.
[3] Ibid., p. 125.
[4] Ibid., p. 127.
[5] Albuquerque, José Pessôa Cavalcanti de, Os Tanks na Guerra Européia (Rio de Janeiro: Albuquerque & Neves, 1921), p.219.
[6] Produtos do CI Bld.

REFERÊNCIAS:

– Albuquerque, José Pessôa Cavalcanti de. Os Tanks na Guerra Européia. (Rio de Janeiro: Albuquerque & Neves, 1921).
– Rosen, Stephen Peter. Winning the next war: innovation and the modern military. (London: Cornell University Press, 1991).

Artigo publicado  originalmente:
AÇÃO DE CHOQUE – A FORJA DA TROPA BLINDADA DO BRASIL
EDIÇÃO ESPECIAL 20 ANOS DO CI BLD
(www.cibld.eb.mil.br)

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