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Sem previsão de lançamento, nanossatélite desenvolvido no ITA está pronto para ir ao espaço

 Agora Vale
(São José dos Campos)


O nanossatélite ITASAT-1 está preparado para lançamento, segundo confirmação da equipe do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), responsável pelo desenvolvimento do projeto, em parceria com a Agência Espacial Brasileira e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O lançamento tem como provedora a empresa ISL.

No período de 29 de agosto a 2 de setembro deste ano, uma equipe do ITASAT composta por quatro integrantes e liderada pela engenheira Lídia Sato esteve em missão na Holanda para finalizar a preparação do satélite universitário para voo e integração no dispositivo de lançamento (QuadPack).

O projeto tem como meta a capacitação dos estudantes envolvidos no empreendimento, resultando em conhecimentos adquiridos que poderão ser utilizados em vários setores da sociedade brasileira. Os responsáveis pelo projeto esperam ainda potencializar outros desenvolvimentos no setor espacial, bem como qualificar no espaço os componentes e os equipamentos que serão utilizados no satélite.

Quando em atividade, o satélite permitirá conhecimento de pontos específicos do planeta por meio da coleta de imagens, monitoramento climático e ambiental. Visa ainda qualificar especialistas no desenvolvimento de hardwares, softwares, redes elétricas, entre outros componentes de satélites. O ITASAT-1 tem 10 alunos do ITA e de universidades parceiras envolvidos no projeto.

Atraso no lançamento – Para o gerente do ITASAT, Luís Loures, a notícia da explosão do Falcon-9 na base em Cabo Canaveral no início do mês surpreendeu a equipe. O satélite desenvolvido no Brasil seria lançado no espaço no fim de outubro, como carga secundária, pelo veículo Falcon 9 v1.1 da empresa estadunidense SpaceX. No entanto, no dia 1º de setembro deste ano, o lançador explodiu em sua base de lançamento, na Flórida.

"Em casos assim, há a constituição de uma comissão de investigação para levantar as causas do acidente e recomendar alterações técnicas ou de procedimento. Como nenhuma autoridade civil, nem nenhuma companhia de seguros deve referendar um lançamento sem que isso ocorra, creio que teremos um adiamento um pouco maior”, afirmou Loures.

 

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