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Desfile Naval amazônico mostra união sul-americana entre Brasil, Colômbia e Peru

Tradicional desfile naval da Marinha brasileira reforça elos de amizade com as Forças Armadas dos dois sul-americanos (a sigla Bracolper leva as iniciais dos três países); exibição passou pela Ponta Negra e terminou no Roadway; público pode visitar três dos navios no local nesta quarta-feira

As águas dos rios Solimões e Amazonas viraram uma passarela aquática, na manhã desta terça-feira, dia 6, para o tradicional desfile naval da Marinha do Brasil. Tudo dentro da Operação Bracolper Naval, que existe há 42 anos em cooperação com as marinhas da Colômbia e Peru (a sigla leva as iniciais dos três países) e que visa fortalecer e estreitar os laços de amizade e fraternidade entre o trio sul-americano.

Participam do evento os navios brasileiros Navios-Patrulha Fluviais (NPaFlu) Raposo Tavares, Roraima, Rondônia e Amapá, e os Navios de Assistência Hospitalar (NAsH) Carlos Chagas e Soares de Meirelles; o navio peruano: BAP Castilla; e o navio colombiano: ARC Leticia.

As embarcações começaram o desfile naval pelo Rio Negro, passando pela Ponta Negra e atracando no Porto do Roadway, no Centro de Manaus.

A Operação Bracolper Naval está dividida em três fases, que ocorrem durante as comemorações da data nacional dos três países: a primeira aconteceu com a navegação desde os portos de Letícia, na Colômbia e Tabatinga, no Brasil, até o porto de Iquitos, no Peru; a segunda, do porto de Iquitos até os portos de Letícia e Tabatinga, e a terceira, desde a Tríplice Fronteira até o porto de Manaus.

“Vejo que a importância desse desfile naval é justamente fazer florescer nos jovens a vocação marítima, a vocação fluvial, a vontade de também dar a sua contribuição para o País nas Forças Armadas. Mas, sobretudo, a Amazônia, como dizem os poetas e os amazônidas, os rios qui são quem comandam as vidas. Então, se a juventude conseguir entender que não só os rios comandam as vidas, mas também a segurança da Pátria está aqui na região amazônica, nos rios, então a gente já teria feito um bom progresso”, comentou o vice-almirante Luís Antônio Rodrigues Hecht.

Exposição

Três navios que atracaram ontem no Porto do Roadway vão ficar no local para uma visitação, aberta ao público, que acontece apenas hoje de 9h às 12h e 13h às 17h. Estarão expostas o Navio-Patrulha Fluvial Rondônia, a peruana BAP Castilla e o colombiano ARC Letícia.

Casais acompanham evento pela primeira vez

Eventos como o desfile naval de ontem são a oportunidade que a população possui para ficar mais perto de construções grandiosas como os navios das Marinhas. Prova disso é que boa parte de quem esteve acompanhando a exibição o fez pela 1ª vez, como o casal de motoristas Francisco Edval, 43, e Shelley Lima, 33, que “debutaram” no desfile junto com a filha Rebecca, 7.

“É a nossa 1ª vez e eu estou achando bonito. Nunca prestigiamos e decidimos vir hoje. Eu acho bonito os barcos. Como nós convivemos com os barcos, acho bonito de ver, além da beleza da praia”, conta ele, que é motorista.

A esposa destaca que trouxe a filha para despertar nela o desejo de um dia servir uma força armada. “A intenção é de ensinar e quem sabe um dia ela não tenha esse desejo, não é mesmo”, contou Shelley Lima, não descartando a ideia de estar hoje pela manhã no desfile militar no Sambódromo.

O segurança Oden Pedro Lopes de Almeida, 47, e a esposa, a dona de casa Lucélia Dias, trouxeram os filhos Jonathan, 16, e Jordan, 11, também pela 1ª vez para ver o desfile.

“Estávamos curiosos para ver como é esse desfile no nosso riozão. Chegamos umas 8h30 para 9h e viemos lá do bairro Vila da Prata”, disse Oden, reclamando que as Forças Armadas deveriam realizar mais eventos do tipo para mostrar sua força.

E há aqueles que sempre acompanham os eventos do tipo, caso do estudante Ricardo Marcião, 16: ele estava estrategicamente posicionado em uma das laterais da ponte Rio Negro para visualizar melhor os navios. “Eu estava na Ponta Negra e corri aqui pra ver o desfile do alto da ponte. É interessante. Minha família é de militares e quero ser um”, frisa ele.

Fonte:A Crítica/Paulo André Nunes/Manaus

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