Com o objetivo de discutir as atividades necessárias para o planejamento e execução de operações conjuntas realizadas pela Marinha, Exército e Força Aérea Brasileira, o Ministério da Defesa (MD), por meio da Chefia de Logística, promove, em Brasília, de hoje (29) até o dia 1º de julho, o “Seminário de Logística e Mobilização Militar”.
O encontro, que acontece no 16º Batalhão Logístico, reúne cerca de 100 representantes de diversos órgãos das Forças Singulares e do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) envolvidos no planejamento da logística e mobilização em apoio às operações conjuntas.
O chefe de Logística do Ministério da Defesa, almirante Luiz Henrique Caroli, abriu o seminário e destacou que a meta é sair com propostas concretas para atuação das Forças Armadas. “O principal objetivo é elaborar planos que orientem não só as Forças, como também o Ministério da Defesa, ou seja, nós criarmos documentos que orientem a ação da Secretaria de Produtos de Defesa com relação à Base Industrial de Defesa e da Chefia de Logística com relação às Forças Armadas”, ressaltou o almirante.
A ideia é que o encontro consiga identificar as convergências e divergências entre as listas de necessidades, listas de carências, os planejamentos da Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod) e o Plano de Articulação e Equipamentos de Defesa (PAED), a fim de elaborar o Plano Setorial de Mobilização Militar.
“O grande propósito desse seminário é viabilizar o fornecimento de equipamentos e suprimentos para que as Forças Armadas possam cumprir a sua destinação constitucional, seja para defesa da pátria, para ajuda humanitária, em grandes desastres e catástrofes, e no próprio desenvolvimento do Brasil porque uma ação está ligada a outra. Quando se cria condições para as Forças adquirirem um equipamento, você está desenvolvendo a indústria, que está gerando empregos e está trabalhando indiretamente para o desenvolvimento do País”, esclarece Caroli.
Mobilização
De acordo com o subchefe de mobilização da Chefia de Logística da Pasta, general Adalmir Domingos, o seminário pretende imprimir uma nova dimensão ao significado das palavras logística e mobilização nas Forças Armadas.
Para o Ministério da Defesa, a mobilização no campo de pessoal é empregada no Serviço Militar Obrigatório e no Projeto Soldado Cidadão. No campo de material, são os planos para obtenção das demandas de toda ordem que a área de logística das Forças Armadas não possa prover, e nesses casos, são empregados o Plano Setorial de Mobilização Militar e o Plano Nacional de Mobilização.
“O Ministério da Defesa trabalha permanentemente com foco na interoperabilidade. Nesse contexto, estamos discutindo mecanismos para obtenção das demandas das operações conjuntas que extrapolem a capacidade logística das Forças Singulares”, afirma o general.
Integração
Com a palestra “Convergência entre as Listas de Necessidades, as Listas de Carências e as potencialidades da Base Industrial de Defesa – visão da Seprod”, o secretário de Produtos de Defesa do MD, Flávio Basílio, destacou que a questão da mobilização é intimamente vinculada à definição de um produto e uma empresa estratégica de defesa.
“Não faz sentido definir o que é empresa ou produto estratégico sem levar em consideração a mobilização que é um dos vetores essenciais para dizer o que é estratégico ao País. São duas variáveis essenciais para definir o que é estratégico do ponto de vista industrial: uma é a elasticidade de mobilização e a outra é o desenvolvimento tecnológico”, explicou o secretário.
Até o final do seminário, também serão abordados temas como “A catalogação como instrumento de integração da Base Industrial de Defesa à Logística e à Mobilização” e “A Logística Operacional na Marinha, no Exército e na Aeronáutica”, além da realização de trabalhos em grupo.