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Airbus atribui a ‘enormes erros’ atrasos de entrega de avião militar A400M

O presidente da Airbus, Tom Enders, alegou "enormes erros" para os diferentes atrasos e problemas técnicos do avião de transporte militar A400M e atribuiu parte da responsabilidade aos governos europeus.

"Subestimamos os problemas de motor e fomos atingidos por este pecado original", declarou em uma entrevista publicada neste domingo no jornal alemão Bild.

"No início do projeto, nos deixamos convencer por alguns importantes chefes de governo europeus para usar motores fabricados por um consórcio com pouca experiência, assumindo nós mesmos a responsabilidade por este novo tipo de turbopropulsor", declarou.

"Isso representou dois enormes erros pelos quais devemos pagar", acrescentou.

O motor do A400M – uma aeronave que entrou em serviço em 2013, com quatro anos de atraso – é o Europrpop International TP400-D6, um turbopropulsor desenvolvido por um consórcio europeu formado pela alemã MTU Aero Engin, pela francesa Snecma, pela britânica Rolls-Royce e pela espanhola Industria Turbo Propulsores (ITP).

O presidente da Airbus também reconheceu "problemas internos" no seio da empresa sobre este projeto.

No entanto, advertiu aos governos europeus para a tentação de buscar alternativas, quando Berlim e Paris dão sinais de irritação pelos atrasos na entrega das aeronaves, devido a problemas técnicos nos motores ou na fuselagem.

"Seria um grande erro abandonar" o A400M, "porque esta máquina tem um enorme potencial", disse. Um dia a aeronave constituirá "a coluna vertebral das frotas de transporte aéreo na Europa" e será exportada com êxito, afirmou Enders.

O governo alemão acaba de ordenar que a Airbus comunique um plano preciso para resolver os novos problemas da aeronave, que deve substituir os aviões de transporte militar Transall.

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