Entre os dias 8 e 20 de abril, militares do Grupamento de Fuzileiros Navais de Salvador (GptFNSa) estiveram acampados em Subaúma, distrito do município de Entre Rios, no litoral norte da Bahia, onde realizaram o Adestramento de Equipes I/2016 (AdesEq-I/2016).
Durante duas semanas, os Fuzileiros Navais participaram de oficinas e de pistas de adestramento que exigem resistência física e psicológica, além de testar e aprimorar os conhecimentos profissionais dos militares. Entre os treinamentos realizados, estiveram incluídos os tiro de combate, orientação, técnicas de ação imediata, primeiros-socorros, entre outros.
O Corpo de Fuzileiros Navais é um componente operativo da Marinha do Brasil, constituído por tropas de caráter expedicionário e de pronto emprego, cujos integrantes são militares de carreira. O AdestEq-I/2016 teve a participação de mais de 150 Fuzileiros do GptFNSa, com o propósito de manter a preparação técnico-profissional da tropa.
Curso de Especialização em Guerra Anfíbia realiza treinamento de assalto ribeirinho em Ladário
No alvorecer do dia 27 de abril, Ladário (MS) deixou de lado a tranquilidade costumeira de suas manhãs para se tornar cenário de guerra. Era o treinamento de assalto ribeirinho que os 70 Fuzileiros Navais inscritos no Curso de Especialização em Guerra Anfíbia (C-EspGAnf) / Estágio de Guerra Anfíbia (E-EGAnf) realizaram nas ruas da cidade.
Logo às seis horas da manhã, o vento frio, que soprava a 13 graus nas margens do Rio Paraguai, foi movimentado com a chegada de uma aeronave do 4º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (EsqdHU-4). Ali, no Porto Geral ladarense, o figurativo inimigo, composto por 26 homens, iniciou a série de tiros em revide ao desembarque dos alunos. O adestramento da tropa de infantaria saiu do Rio Paraguai e finalizou na Igreja Nossa Senhora dos Remédios.
Além dos alunos e figurativos, 19 instrutores e 15 profissionais de apoio compunham o grupo de 130 militares envolvidos no exercício. “Não só essa simulação, mas todo o curso visa a qualificar e capacitar os alunos do Centro de Instrução Almirante Wandenkolk e os Guardas-Marinha da Escola Naval. O objetivo é fazer com que o Tenente esteja pronto para comandar um pelotão, que é uma célula importante dentro dos Fuzileiros Navais”, explica o Capitão-Tenente Fuzileiro Naval Danilo Lopes, Encarregado do curso.
Entre os alunos, é uníssono que o preparo físico é tão importante quanto o psicológico. A Segundo-Tenente Fuzileiro Naval Débora Freitas, que será a primeira combatente mulher no Brasil, diz que o desafio é grande, mas o mais importante é manter-se firme ao objetivo, independente de quaisquer obstáculos que possam surgir.
O Comandante do Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo (CIASC), Organização Militar responsável pelo C-EspGAnf, Contra-Almirante Luiz Artur Rodrigues Nunes, viu no exercício “o coroamento de uma fase importante do curso, que segue por mais duas ou três semanas, com o adestramento em outros tipos de operações, como, por exemplo, operações anfíbias”.
O curso contou com o apoio logístico do Comando do 6º Distrito Naval na parte de transporte e alojamento para alunos e instrutores, além do emprego de navios, embarcações e aeronave.
O Comandante do 6º Distrito Naval, Contra-Almirante Petronio Augusto Siqueira de Aguiar, destacou a importância do curso para a região: “O Pantanal tem características peculiares e uma importância estratégica para o País. Esse tipo de exercício serve para mostrar como a Marinha do Brasil está sempre preocupada em defender nossas riquezas”.