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Grécia acerta venda de porto de Pireu à chinesa COSCO

A Grécia irá vender a Autoridade Portuária de Pireu, o maior porto grego, à empresa chinesa de transporte marítimo COSCO, na segunda grande privatização no país desde o final do ano passado.

A venda do porto havia sido interrompida pelo governo de esquerda do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, quando este venceu as eleições de janeiro do ano passado, mas foi retomada em consonância com o pacote de resgate financeiro de 86 bilhões de euros que a Grécia acertou com os parceiros da zona do euro em agosto passado.

Nesta sexta-feira, estivadores em greve marcharam no centro de Atenas para protestar contra o negócio, que temem ameaçar seus empregos. Os terminais de contêineres foram fechados em função da paralisação, e houve breves confrontos entre policiais e alguns dos manifestantes.

Conforme o acordo de 368,5 milhões de euros, assinado nesta sexta-feira pela COSCO com a agência grega de privatização, a empresa chinesa irá adquirir 51 por cento do Porto de Pireus por 208,5 milhões de euros e os 16 por cento restantes por 88 milhões depois de cinco anos e uma vez que tiver finalizado investimentos de 350 milhões de euros ao longo da próxima década.

O valor total do contrato é de 1,5 bilhão de euros, incluindo investimentos adicionais, assim como receitas de 410 milhões de euros, dividendos e juros que a Grécia espera receber segundo o acordo de concessão de 36 anos entre o Porto de Pireu e o governo.

As privatizações, um elemento de peso nos pacotes de socorro da Grécia desde 2010, geraram receitas de somente 3,5 bilhões de euros até o momento por causa da resistência política e dos entraves burocráticos.

Em janeiro, Atenas anunciou a COSCO como a única empresa na licitação do Porto de Pireu. O porto, uma rota de acesso para a Ásia, o leste da Europa e o norte da África, recebeu 16,8 milhões de passageiros e 3,6 milhões de unidades equivalentes a contêineres de 60 metros (TEUs, na sigla em inglês) em 2014.

A COSCO vem operando um dos terminais de contêineres desde 2009 e está investindo 230 milhões de euros na construção de um segundo terminal de contêineres no porto.

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