Uma nova avaliação define, pela primeira vez, os Estados Unidos como uma das ameaças à segurança nacional da Rússia, sinalizando uma deterioração das relações com o Ocidente nos últimos anos.
O documento "Sobre a Estratégia de Segurança Nacional da Federação da Rússia" foi assinado pelo presidente Vladimir Putin na véspera do Ano Novo. Ele substitui a versão de 2009 aprovada pelo então presidente e atual primeiro-ministro, Dmitry Medvedev, que não havia mencionado nem os Estados Unidos nem a OTAN.
De acordo com o documento, a Rússia conseguiu aumentar o seu papel na resolução dos problemas globais e de conflitos internacionais. Tal destaque, segundo o documento, causou uma reação pelo Ocidente.
"O fortalecimento da Rússia acontece num contexto de novas ameaças para a segurança nacional, que tem natureza complexa e inter-relacionada", diz o documento.
A condução de uma política independente, "tanto nacional quanto internacional", causou a "oposição dos EUA e de seus aliados, que se esforçam para manter o domínio nos assuntos globais.”
Putin busca ampliar sua influência no Oriente Médio: Rússia se oferece para agir como intermediária em disputa Irã-Arábia Saudita, dizem agências
A Rússia está disposta a agir como intermediária para ajudar a resolver a disputa entre Irã e Arábia Saudita, disse uma fonte do Ministério de Relações Exteriores de Moscou, de acordo com agências de notícias russas.
"Como amigos nós estaríamos prontos a realizar, se for solicitado, um papel de intermediários… para resolver as contradições existentes e qualquer uma outra que venha a surgir entre esses dois países", disse a fonte, segundo a agência RIA.
Manifestantes iranianos invadiram a embaixada saudita na manhã de domingo em Teerã, após a Arábia Saudita ter executado o clérigo xiita Nimr al-Nimr, levando o governo saudita a retirar seu corpo diplomático e ordenar a saída dos diplomatas iranianos do reino.
A Rússia hoje, liderada por Vladimir Putin, é tão influente no panorama mundial como as potências ocidentais e construiu uma rede internacional de aliados que vai da Venezuela à Síria.
Sua posição permitiu até que o país anexasse território, como a península estratégica da Crimeia, e fizesse intervenções em conflitos internacionais como o da Síria.
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