Os Estados Unidos pediram, nesta segunda-feira, uma intensificação da luta da coalizão internacional contra a "rede mundial" do grupo jihadista Estado Islâmico, após os últimos atentados cometidos em Paris, Beirute e Bagdá.
O vice-presidente Joe Biden e seu enviado especial para a coalizão contra o EI, Brett McGurk, reuniram-se a portas fechadas no departamento de Estado com representantes de cerca de 60 países-membros da coalizão militar que bombardeia há um ano a organização sunita ultrarradical na Síria e no Iraque. Participaram da reunião diplomatas franceses, italianos, turcos e libaneses.
McGurk pediu aos convidados que, "além de continuar aumentando a pressão sobre o coração do EI (no Iraque e na Síria), façamos mais para coordenar nossos esforços na coalizão e que se pressione a rede mundial do EI", segundo uma nota divulgada pelo departamento de Estado.
Já o secretário de Estado americano, John Kerry, que visitava Abu Dhabi nesta segunda-feira, disse que "sim, é possível", ao ser questionado sobre uma eventual cooperação contra o EI entre a coalizão que dirige Washington e Moscou.
Bombardeiros americanos destroem 283 caminhões-tanque na Síria
Bombardeiros americanos destruíram 283 caminhões de combustível que eram usados para transportar petróleo para ajudar a financiar o grupo Estado Islâmico (EI) no leste da Síria, informaram oficiais nesta segunda-feira.
O grande ataque aéreo é mais um marco, enquanto a coalizão liderada pelos Estados Unidos intensifica sua campanha contra os jihadistas e se concentra em sua infraestrutura de contrabando de petróleo, que, segundo estimativas, renderia ao grupo cerca de US$ 500 milhões por ano.
O porta-voz do Pentágono, o Capitão Jeff Davis, afirmou que o ataque ocorreu no sábado entre Al Hasakah e Deir-Ezzor, no leste. Este ataque ocorreu menos de uma semana depois de outra ofensiva, um bombardeio aéreo similar que destruiu 116 caminhões de combustível do EI.
Assim como neste mais recente ataque, no sábado, jatos americanos primeiro sobrevoaram baixo os caminhões para "demonstrar força" e em seguida lançaram panfletos dizendo aos motoristas que fugissem.
O Pentágono informou que apesar de os caminhões serem usados para apoiar o grupo Estado Islâmico, os motoristas não eram propriamente jihadistas.
Um avião de ataque americano ar-terra A-10 e uma aeronave de combate fortemente armada AC-130 destruíram os caminhões, informou Davis, completando que não houve informes de vítimas civis.
"Nós realizamos os ataques metodicamente para assegurar que estamos fazendo isto de uma forma humana e para não causar vítimas civis", disse Davis, enquanto "também reconhecemos o fato de que estes caminhões são um elo fundamental no fluxo de receita que está fornecendo dinheiro ao EI".
A Rússia, que está conduzindo separadamente uma campanha aérea na Síria, diz ter destruído dezenas de caminhões e declarou uma "caçada livre" a qualquer caminhão que carregue petróleo "pertencente a terroristas" em áreas controladas pelo Estado Islâmico.
Um porta-voz do exército americano informou que os panfletos lançados no recente ataque dos Estados Unidos que destruiu 116 caminhões diziam: "Saiam de seus caminhões agora e fiquem longe deles".
Aviões do Charles de Gaulle atacam EI na Síria
Caças-bombardeiros Rafale que decolaram do porta-avião francês "Charles de Gaulle" lançaram ataques contra o grupo Estado Islâmico na Síria, nesta segunda-feira, na primeira ofensiva deste navio – anunciou o Ministério francês da Defesa.
"A partir (…) da Jordânia, dois Mirage 2000 da Força Aérea se engajaram na missão. Ao mesmo tempo, do porta-aviões, quatro Rafale Marine uniram-se a eles sobre a Síria" para atingir um sítio em Raqa (norte), completou a pasta.
Até agora, o porta-aviões francês tinha-se envolvido apenas em missões no Iraque.