RIO – Em meio ao corte geral nos investimentos e na tentativa de reduzir custos para preservar caixa, a Petrobrás cancelou uma licitação, aberta em janeiro, para contratação de oito helicópteros para apoio de operações offshore.
Essas aeronaves, de média e grande capacidade, podem levar até 19 passageiros, voando a 300 quilômetros por hora, e são usadas para transporte de funcionários para as plataformas de produção, que podem ficar a 300 quilômetros da costa, no alto-mar – no caso, por exemplo, do Campo de Lula, o maior do pré-sal em operação.
Declarada vencedora da licitação, a Aeróleo Táxi Aéreo aguardava a contratação dos serviços para o fim de 2015, no caso de quatro helicópteros pesados, e para o início de 2016, no caso de outras quatro aeronaves de média capacidade. O cancelamento da licitação foi anunciado na quarta-feira, em nota à imprensa, pela Era, multinacional americana sócia da Aeróleo. Nesta quinta, a estatal confirmou ao Estado o cancelamento.
Segundo a nota da multinacional americana, umas das maiores operadoras de helicópteros do mundo, a Petrobrás alegou que não precisa contratar mais helicópteros, "após uma revisão de suas necessidades em aviação, à luz dos atuais desafios no ambiente macroeconômico e da continuidade das baixas cotações do petróleo".
"A demanda de helicópteros está sendo revista frente os ajustes de investimentos anunciados pela Petrobrás", diz a nota enviada pela estatal ao Estado.
A Era informou que a Aeróleo tem atualmente dez helicópteros prestando serviços em contratos com a Petrobrás. O contrato referente a três helicópteros pesados vence o mês que vem, enquanto os contratos de sete outros de média capacidade terminam entre dezembro de 2019 e maio de 2020.
Segundo a empresa, se o contrato a vencer o mês que vem não for renovado, a "Aeróleo precisará avaliar potenciais demissões de pilotos e pessoal baseado em terra". Fundada em 1968 pelo empresário Newton Nascimento Lins, a Aeróleo firmou sua joint venture com a Era em 2008, como informa o site da empresa na internet.