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Lavrov: “Rússia e Jordânia acertaram coordenar ações na Síria”

O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, anunciou nesta sexta-feira que Rússia e Jordânia acertaram coordenar suas ações na Síria.

O chefe da diplomacia do Kremlin acrescentou – em declarações feitas em Viena – que a coordenação de ações vai acontecer através de um "mecanismo de trabalho baseado em Amã".

Acrescentou que outros países que participam da luta antiterrorista nessa região também podem se somar a este mecanismo de coordenação.

Ao mesmo tempo, Lavrov ressaltou a necessidade de intensificar os esforços para impulsionar o processo político na Síria em conformidade com o Comunicado de Genebra do dia 30 de junho de 2012.

"Isso representa o começo de negociações plenas entre os representantes do governo da Síria e todo o espectro da oposição, tanto interior como no exterior, com o apoio ativo dos atores exteriores", acrescentou.

O ministro russo afirmou que Moscou "participa dos esforços para a criação de condições para esse processo".

Desde o dia 30 de setembro, a Rússia ajuda no terreno, com sua aviação militar, o regime do presidente sírio, Bashar al Assad.
 

Putin afirma que Síria precisa de processo político além de ações militares

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que os avanços militares na luta contra o terrorismo na Síria devem estar acompanhados de um processo político, base para uma solução durável a conflito no país árabe.

A afirmação fez parte da conversa entre Putin e o presidente sírio, Bashar al Assad, ontem à noite em Moscou, segundo o escritório de imprensa da presidência russa.

"Consideramos que, sobre a base da dinâmica positiva do andamento das ações militares, a solução durável (na Síria) pode ser alcançada mediante um processo político com a participação de todas as forças políticas, de todos os grupos étnicos e religiosos", disse Putin.

Ele acrescentou que a Rússia está disposta a contribuir não só com ações militares contra o terrorismo, mas também com o processo político, "em estreito contato com outras potências mundiais e com os países da região interessados na resolução pacífica do conflito".

O presidente russo agradeceu Assad por ter aceito seu convite para visitar Moscou, apesar da "dramática situação" que a Síria atravessa.

Após assinalar que o povo sírio resistiu e combateu o terrorismo a custa de grandes perdas, Putin destacou que nos últimos tempos também conseguiu sucessos nesta luta.

"Infelizmente, no território da Síria combatem contra as forças governamentais cidadãos de antigas repúblicas soviéticas. São, pelo menos, cerca de quatro mil", admitiu.

O presidente russo alertou que Moscou não pode permitir que estes homens voltem à Rússia com experiência de combate e ideologicamente doutrinados.

Assad, por sua vez, agradeceu a Putin e à Rússia pela ajuda na luta contra o terrorismo e na defesa da soberania e da integridade Síria.

"Tenho que dizer que os passos políticos dados pela Rússia desde o começo da crise impediram que os eventos se desenvolvessem de um modo ainda mais trágico", disse o líder sírio.

Ele acrescentou que a postura da Rússia e sua participação na ações de combate contra o terrorismo impediram que os terroristas estendessem seu controle a outros territórios.

"Claro, toda ação militar pressupõe mais passos políticos", concordou o líder sírio, que destacou que o objetivo deve ser alcançar o que o povo sírio quer para seu país.
 

Obama nomeia Brett McGurk como novo enviado para a coalizão contra o EI

O presidente de EUA, Barack Obama, anunciou nesta sexta-feira a nomeação de Brett McGurk como seu novo enviado especial para a coalizão internacional criada para combater o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

McGurk substituirá a partir do próximo mês o general reformado John Allen, que exerce papel de enviado especial de Obama para essa coalizão desde setembro de 2014.

Em comunicado divulgado pela Casa Branca, Obama destacou que Allen "cumpriu o desafio com uma extraordinária habilidade e coragem".

"A liderança americana da coalizão está fazendo do mundo um lugar mais seguro e tivemos a sorte de ter um grande patriota como John Allen dirigindo nossos esforços", ressaltou o presidente.

Obama expressou também sua "profunda gratidão" por Allen, que espera uma "aposentadoria bem merecida" após uma longa carreira que incluiu quase 38 anos de serviço na Infantaria da Marinha em lugares como os Bálcãs, Iraque e Afeganistão.

Entre outros postos que Allen desempenhou está o de chefe das tropas da Otan no Afeganistão entre 2011-2013. Durante a Guerra do Iraque, ele serviu como subcomandante na província de Anbar, onde teve um papel importante no fortalecimento das relações com as tribos sunitas.

Quanto a McGurk, o agora "número dois" de Allen, Obama disse dele que é, há muito tempo, um de seus assessores "de maior confiança" sobre o Iraque.

"Brett (McGurk) tem todo meu apoio para continuar ampliando e aprofundando nossos esforços na coalizão para degradar e em última instância destruir o EI", anotou o presidente.

Obama ordenou em meados do ano passado o retorno de tropas americanas ao Iraque para assessorar e assistir às forças iraquianas em sua luta contra os avanços do EI.

Além disso, também promove desde então uma campanha internacional de ataques aéreos contra posições do EI no Iraque e Síria na qual participam 65 países.

O Pentágono identificou hoje Joshua Wheeler como o militar falecido nesta quinta-feira em uma operação de resgate no norte do Iraque e que foi a primeira vítima mortal americana de uma ação de combate direto com o EI.

 

 

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