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Ministro Aldo Rebelo visita comandos militares e conhece detalhes de projetos estratégicos

Alexandre Gonzaga e Marina Rocha
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa


Nesta terça-feira (13), o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, visitou o Quartel-General do Exército e o Comando da Aeronáutica, ambos em Brasília (DF), e ficou a par do andamento dos principais projetos estratégicos das duas Forças. Os programas apresentados são vistos como indispensáveis ao desenvolvimento tecnológico do País e da indústria nacional. Nas próximas semanas, Rebelo visitará também o Comando da Marinha.

Ficou a cargo do comandante do Exército, general Eduardo Dias Villas Bôas, falar sobre os produtos com alto valor agregado da Força, que contribuem para a qualificação profissional, a geração de empregos e o aumento da arrecadação fiscal, entres outros. O primeiro projeto apresentado ao ministro foi a nova família de blindados Guarani. Com o envolvimento de 50 empresas brasileiras e 90% de conteúdo nacional, a viatura tem grande potencial de exportação, e já despertou o interesse de compra de 14 países.

Neste aspecto, Aldo Rebelo enfatizou o esforço do Brasil em buscar parcerias para tornar o Guarani um produto de exportação. Sobre o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), Rebelo ouviu que o projeto possui alto custo benefício no combate ao crime transfronteiriço.

Orçado em R$ 12 bilhões e gerando mais de 12 mil postos de trabalho, o Sisfron contribui para a presença do Estado brasileiro na faixa de fronteira e pode ser utilizado de forma interagência, em apoio, por exemplo, à vigilância sanitária e à arrecadação fiscal. O terceiro programa destacado foi o Sistema de Artilharia de Mísseis e Foguetes Astros 2020, que possui alcance de 300 km.

O Astros 2020 já está 40% concluído. Com 100% de conteúdo nacional, o Exército mostrou, ainda, o Sistema de Defesa Antiaérea de baixa altura, que tem, por outras finalidades, a proteção de centros estratégicos, além de possibilitar o domínio da tecnologia de radares.

Defesa cibernética

O ministro Aldo Rebelo apontou o projeto de Defesa Cibernética como um dos mais relevantes, já que traz impacto para toda a sociedade. Conforme a apresentação, a capacidade operativa da Defesa Cibernética foi testada em eventos como a Copa das Confederações e a Copa do Mundo 2014.

Somente durante a realização dos jogos de futebol foram neutralizados cerca de 750 ataques. O projeto também oferece segurança das infraestruturas críticas (estações de energia e hidrelétricas) e conta com o apoio de agências públicas, universidades e empresas.

Outro produto desenvolvido pela Força Terrestre, que traz benefício à população, é o Proteger. Ele tem por objetivo a proteção das estruturas estratégicas. Oferece, também, auxílio em casos de desastres naturais e calamidades públicas para 600 estruturas dessa natureza.

Balanço

A segunda parte da apresentação consistiu em um balanço das atividades desenvolvidas pelo Exército em 2014 e a previsão orçamentária para 2016. Somente neste ano, em apoio à Defesa Civil, foram realizadas sete ações, empregando cerca de 1,4 mil militares.

Em ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) foram executadas 13 operações, que mobilizaram mais de 22 mil homens. Já na faixa de fronteira, a Força deu apoio a 26 operações com 15 mil militares.

A Lei Orçamentária 2016 prevê entre custeio e investimento cerca de R$ 6,07 bilhões. Estiveram presentes na reunião no Exército, o chefe de Assuntos de Assuntos Estratégicos da Defesa, general Gerson Menandro Garcia de Freitas; o chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, general Juarez Aparecido de Paula Cunha; o comandante do Comando Militar do Leste, general Fernando Azevedo e Silva; e demais oficiais generais do Comando do Exército.

Aeronáutica

Os projetos em andamento na Força Aérea Brasileira (FAB) foram expostos pelo comandante da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato. Um a um, ele esmiuçou particularidades de cada programa, bem como questões relativas a especificidades dos contratos e valores. O comandante fez, ainda, breve relato acerca da criação da FAB, que remonta ao ano de 1941, e detalhou a estrutura organizacional da instituição.

Rossato citou a escolha pela defesa antiaérea de médio alcance russa Pantsir S1. De acordo com ele, o equipamento “é o mais eficaz em sua área”. O brigadeiro lembrou que, no processo de negociação, a Rússia comprometeu-se com a cláusula de transferência de tecnologia. E explicou que um grupo de trabalho formado por integrantes das três Forças e de seis ministérios foi constituído para tratar do tema.

Outras iniciativas mostradas ao ministro foram a implementação da Brigada de Defesa Antiaérea, com sede em Anápolis (GO), para este ano ainda; o recebimento do míssil A-Darter de 5ª geração, desenvolvido em conjunto com a África do Sul, previsto para a partir de 2016; e a aquisição e modernização de aeronaves, como C-95M, P-95M e SC-105 Amazonas.

Desenvolvimento aeronáutico

Entre os projetos estratégicos, o brigadeiro destacou as 17 unidades já entregues dos helicópteros H-36 Caracal – iniciativa do Ministério da Defesa. Falou, ainda, dos 36 caças Gripen NG, adquiridos da Suécia. A Embraer, indústria nacional, detém 68% da transferência de tecnologia do contrato desses aviões.

Sobre o KC-390, o comandante da FAB explicou que a aeronave é multimissão, 100% nacional e gera 8,5 mil empregos apenas na fase de subdesenvolvimento. A expectativa é de US$ 21,3 bilhões em 20 anos em exportações. Também foi apresentado o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (Pese). De tecnologia dual, para uso civil e militar, o Pese pode ser empregado integrando sistemas de monitoramento da Marinha e do Exército, por exemplo.

A FAB possui, atualmente, quase 76 mil homens e mulheres e 588 aeronaves. Para o futuro, o brigadeiro Rossato enfatizou que a ideia é “ter grande capacidade dissuasória, operacionalmente moderna, e atuando de forma integrada para a defesa dos interesses nacionais”.

Estiveram presentes na visita à Aeronáutica os brigadeiros Gerson Nogueira Machado de Oliveira (comandante-geral de Operações Aéreas), Antonio Franciscangelis Neto (secretário de Economia e Finanças da Aeronáutica), Hélio Paes de Barros (chefe do Estado-Maior da Aeronáutica) e José Magno Resende de Araujo (secretário do Alto-Comando da Aeronáutica).

Também compareceram o almirante Almir Garnier Santos (assessor especial militar do ministro da Defesa) e a deputada Perpétua Almeida (assessora especial da Defesa).

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