A cidade de Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul, tem agora um aeroporto civil para voos comerciais. No dia 9 de julho, foi assinado o convênio de outorga e zoneamento civil-militar que passou parte da área da atual Base Aérea de Santa Maria para a prefeitura municipal, que irá administrar o aeroporto.
O chamado uso compartilhado, quando no mesmo espaço funciona a base aérea militar e o aeroporto civil, é comum no Brasil. É o caso, por exemplo, de Brasília (DF) e Guarulhos (SP). Nestes casos, os terminais de passageiros e de operações militares são separados, mas as aeronaves utilizam as mesmas pistas de taxiway e de pousos e decolagens.
Sob administração civil, o aeroporto de Santa Maria será beneficiado pelo programa de aviação regional da Secretaria de Aviação Civil, que vai investir cerca de R$7,3 bilhões em 270 aeroportos espalhados pelo Brasil. "A Aeronáutica concordou que nós usássemos uma parte do aeródromo para termos um aeroporto regional. E Santa Maria é um aeroporto estratégico para a aviação no Sul do país”, avaliou o ministro da Aviação, Eliseu Padilha, durante a assinatura do convênio.
A solenidade realizada na Base Aérea também contou com a presença do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, do Comandante da Base Aérea de Santa Maria, Coronel Ramiro Kirsch Pinheiro, e do Prefeito Municipal, Cézar Schirmer. "Acreditamos convictamente no potencial do modal aéreo de Santa Maria, inserido no contexto geográfico central de entroncamento rodoviário e, em breve, retornando a conexão ferroviária nacional, com a inserção do município no percurso da Ferrovia Norte-Sul”, comemorou o prefeito.
Santa Maria
Chamado de "Coração do Rio Grande", o município de Santa Maria está localizado no centro geográfico do Rio Grande do Sul, a 290 quilômetros de distância da capital. Com 274 mil habitantes, a cidade se destaca como um polo de serviços que atende a todo o interior do estado, além da presença de uma Universidade Federal com mais de 27 mil alunos.
Santa Maria tem ainda o segundo maior contingente militar do Brasil em uma mesma cidade, ficando atrás apenas da cidade do Rio de Janeiro. São mais de 7 mil militares, entre contingentes do Exército e da Força Aérea.
A atual Base Aérea de Santa Maria, fundada em 15 de outubro de 1971, tem como origem um campo de aviação do Exército Brasileiro datado de 1921. Hoje, a Força Aérea Brasileira mantém na área dois esquadrões equipados com caças A-1, um esquadrão de Aeronaves Remotamente Pilotadas, um esquadrão de helicópteros H-60 Black Hawk, um batalhão de infantaria, um esquadrão do grupo de comando e controle e um destacamento de controle do espaço aéreo, além de unidades de apoio.
Nota DefesaNet
A nota do Comando da Aeronáutica através do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica contém um erro de lógica abismal.
O parágrafo do texto:
"O chamado uso compartilhado, quando no mesmo espaço funciona a base aérea militar e o aeroporto civil, é comum no Brasil. É o caso, por exemplo, de Brasília (DF) e Guarulhos (SP). Nestes casos, os terminais de passageiros e de operações militares são separados, mas as aeronaves utilizam as mesmas pistas de taxiway e de pousos e decolagens."
Mencionar como exemplos as Bases Aéreas de Brasília DF, e Guarulhos aproxima-se da fronteira da irresponsabilidade.
As duas bases citadas exercem atividades adminsrtrativas e de apoio. Na Base Aérea do Galeão há a unidade de transporte 2º/2º GT, a espera de uma aeronave após o desmantelamento dos KC-137.
A Base Aérea de Santa Maria tem um perfil operacional, tanto nas características táticas e estratégicas. Alí está baseado a única unidade de VANTs ou ARPs (Aeronaves Remotamente Pilotadas) da FAB.
Unidades de emprego tático e estratégico localizados em posição privilegiada no centro do continente Latino-americano.
Uma decisão contestável.
Já era compartilhado um aeroporto de forma precária com a cidade de Santa Maria.