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BRICS – ROSTEC oferece plaforma única de governo eletrônico


UFA – A ROSTEC, corporação estatal da Federação da Rússia que desenvolve, fabrica e exporta produtos industriais de alta tecnologia para o uso civil e militar, apresentou na cidade de Ufa (Rússia), durante a realização da VII Cúpula dos BRICS, a proposta de criação de uma plataforma única de governo eletrônico entre os países que integram o grupo.

A iniciativa da ROSTEC foi anunciada pelos representantes do Centro Nacional de Informatização da Rússia (CNI, instituição na qual o conglomerado faz parte e que é considerada líder no desenvolvimento de tecnologias de informação para governos eletrônicos). O projeto foi divulgado durante a sessão de grupos industriais que integra o Conselho de Negócios dos BRICS.

O objetivo é promover a sinergia e cooperação tecnológica entre as nações, tanto no que se refere à temas governamentais como em relação aos projetos desenvolvidos por startups de cada país. A plataforma conjunta permitirá que os governos eletrônicos, que atualmente são utilizados apenas para recorrer e sistematizar informações, para que se tornem “intelectuais”, automatizando inclusive a tomada de decisões, incluindo administrativas, nos mais altos níveis, podendo ser operada em cidades e estados e, no futuro próximo, até em todo o território. A intenção é elevar a eficácia dos modelos de colaboração de setores privados e estatais de cada nação.

Com o governo eletrônico, as autoridades poderão ter acesso a base de software livre da plataforma aberta, permitindo a todos os órgãos governamentais desenvolverem suas próprias necessidades, além de também aprimorá-las. A troca de experiências e a colaboração conjunta entre países será um grande trunfo para o desenvolvimento econômico dos BRICS.

Entre os setores que poderão ser beneficiados, destaque para: medicina eletrônica, educação eletrônica, informática geográfica, informatização do processo eleitoral, emissão de passaportes eletrônicos, sistema de cidade segura (desde controle de trânsito até vigilância e segurança), GLONASS (sistema de posicionamento por satélites desenvolvido pela Rússia, similar ao GPS), agricultura e turismo. O uso da plataforma irá colaborar para o desenvolvimento de novos parques tecnológicos e, consequentemente, no crescimento dos países.

Para que a iniciativa seja implementada com vigor, é necessária a integração de uma grande quantidade de recursos intelectuais e financeiros que atualmente nenhum país que integra os BRICS possui. Contudo, o Brasil já é uma das nações com maior grau de desenvolvimento e colaboração de software livre. No mesmo sentido, a Rússia possui uma forte base científica. A Índia, por sua vez, possui uma grande base de startups tecnológicas e a China, por outro lado, é a maior produtora de software do mundo. A África do Sul, por fim, é líder nos campos de tecnologia de informação em seu continente.

“Nossa proposta visa o desenvolvimento lógico e natural da plataforma com o objetivo de criar a chamada ‘Aliança Informática e Tecnológica dos BRICS’. A cooperação de nossos países permitirá uma grande mudança no desenvolvimento de novas tecnologias, além de ampliar a experiência de troca de conhecimento, incluindo o intercâmbio de matérias-primas para a produção de altas tecnologias. Além do desenvolvimento econômico, observaremos como resultado a satisfação dos cidadãos”, afirma Pavel Basin, vice-presidente da CNI da Rússia.

“Temos a oportunidade de financiar os projetos, atraindo a atenção dos bancos nacionais de fomento de cada nação dos BRICS, assegurando não só o crescimento do setor tecnológico com investimentos nas startups internacionais, mas também o desenvolvimento de tecnologias locais que podem beneficiar não apenas uma cidade, mas um país como um todo. Este potencial de interação tecnológica poderá ser aprimorado diretamente pelos BRICS”, conclui Basin.

A CNI da Rússia se propôs a utilizar como base uma solução de tecnologia unida do futuro, desenvolvida pelo próprio órgão e que está em concordância com os “Objetivos de Desenvolvimentos Sustentáveis” da Organização das Nações Unidas (ONU), além de também atender as intenções das linhas de ação do Fórum Mundial da Sociedade de Informação (WISIS, na sigla em inglês). A iniciativa ainda foi feito de acordo com a metodologia de cálculo de ranking de países com base no nível de desenvolvimento de sistemas de governo eletrônico, método utilizado pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (UNDESA, na sigla em inglês).

Para colocar em prática a iniciativa russa, os autores da proposta ofereceram a criação de grupos de trabalho para compartilhar experiências e analisar as alternativas de manutenção do registro conjunto de software livre destinado aos órgãos controlados por cada país.

“As holdings que integram a ROSTEC possuem todas as competências científicas e de produção na esfera de tecnologia da informação para criar e desenvolver softwares e sistemas de alta tecnologia para a maioria dos produtos militares produzidos na Rússia. A receita consolidada da companhia neste segmento atingiu 250 bilhões de rublos ao ano”, declara Vasili Brovko, chefe do Departamento de Comunicações, Informação e Análise da ROSTEC.

“Atualmente elevamos as competências do conglomerado na esfera civil, com oportunidades quase infinitas de adaptação e modificação de nossas soluções para atender as necessidades de mercados locais e internacionais. A ROSTEC, por exemplo, detém os Sistemas Automatizados de Controle (SAC) com distintos níveis e aplicações. No campo militar, a solução ajuda a controlar agrupamentos táticos e até diferentes tipos de exércitos, inclusive em todo o território nacional. Para o mercado civil, estamos dispostos a utilizar o sistema para controlar a produção de grandes indústrias, por exemplo, automatizando os processos, além de servir como solução para cidades e metrópoles”, completa o executivo.

A ROSTEC é um dos principais representantes russos quando o assunto é colaboração entre os países BRICS. Levando em consideração o papel de “Embaixadora Industrial da Rússia”, Vladimir Putin, presidente da Rússia, nomeou Serguey Chémezov, CEO da ROSTEC, como um dos representantes russos no Conselho Empresarial dos BRICS para os anos 2013-2015.

O conglomerado estatal russo desenvolve a colaboração com os países BRICS sob uma ampla gama de tarefas. Essa interação ocorre de diferentes formas, incluindo a criação de produções em conjunto (inclusive pela formação de joint ventures) e estabelecimento de linhas de produção nos países sócios.
 
Sobre a ROSTEC

A Corporação ROSTEC foi fundada em 2007 para apoiar a pesquisa, o desenvolvimento, a fabricação e a exportação de produtos industriais de alta tecnologia para o uso civil e militar. É um conglomerado estatal da Federação da Rússia que detém aproximadamente 700 empresas, incluindo nove holdings que formam o complexo militar-industrial e cinco grupos empresariais que atuam na indústria civil.

Conta ainda com o controle direto de 22 companhias e marcas de renome mundial em seu portfólio, como a AVTOVAZ, KAMAZ, Helicópteros da Rússia e VSMPO-AVISMA, entre outras. A companhia está presente em 60 entidades constituintes da Rússia e exporta sua produção para mais de 70 nações. A receita da Rostec em 2013 foi superior a 1,4 trilhão de rublos.
www.rostec.ru/en/
 
Sobre a CNI da Rússia

O Centro Nacional de Informatização da Rússia foi criado por decisão do presidente da Rússia em abril de 2014. A instituição une as melhores práticas e soluções tecnológicas para informatização estatal. Desde o início de 2015, o órgão executa o trabalho de desenvolvimento e exportação das tecnologias russas de informação – incluindo governo eletrônico e a informatização das distintas áreas que afetam a vida dos cidadãos – para os países BRICS e outras nações em desenvolvimento.

 

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