As ações de grupos extremistas como "Estado Islâmico" (EI), no Iraque e na Síria, e Boko Haram, na Nigéria, contribuíram para um dramático aumento no número de ataques terroristas e mortes em 2014, segundo divulgou o Departamento americano de Estado nesta sexta-feira (19/06).
De acordo com os dados, houve 13.463 ataques terroristas ao longo do ano, que levaram à morte de aproximadamente 33 mil pessoas. No ano anterior, foram registrados cerca de 10 mil atentados e 18 mil mortos. O número de reféns triplicou, saltando de 3,1 mil em 2013 para 9,4 mil no ano passado.
O relatório do governo americano revela que a maioria dos ataques ocorreu na Síria, Iraque, Paquistão, Afeganistão, Índia e Nigéria. O mais sangrento deles foi registrado em junho de 2014, durante uma ação de jihadistas do EI em uma prisão na cidade iraquiana de Mossul. Cerca de 670 presos xiitas morreram no ataque terrorista com maior número de mortos desde o 11 de Setembro de 2001, afirmou o relatório.
Segundo avaliação do órgão americano, o "Estado Islâmico" obteve rápidos ganhos territoriais na Síria e no Iraque em 2014, superando a Al Qaeda – organização que orquestrou os ataques de 2001 nos Estados Unidos – como maior grupo jihadista do mundo.
O documento cita ainda o grande volume de combatentes estrangeiros que se juntaram às fileiras de grupos terroristas no Oriente Médio. Segundo o levantamento, cerca de 16 mil pessoas viajaram para a Síria até o fim de dezembro passado, número que supera o volume de militantes que desembarcaram no Afeganistão, Paquistão, Iraque, Iêmen ou Somália "em qualquer época nos últimos 20 anos".