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Como a FAB emprega a Aviação de Transporte para combater incêndios

Auxiliar no combate a incêndios é uma das capacidades da Aviação de Transporte da Força Aérea Brasileira (FAB). Seja no sobrevoo para lançamento de água ou no transporte de material e pessoal para conter focos de incêndios, os militares e aeronaves dessa aviação estão preparados e em alerta para atuar em todo o País.

Para cumprir esse tipo de missão, a aeronave de transporte C-130 Hércules é equipada com um sistema chamado MAFFS, do inglês Modular Airbone Fire Fighting System, adquirido em 2007. O aparelho é composto por cinco tanques de água e dois tubos que se projetam pela porta traseira do C-130. Esse sistema pode levar até 12.000 litros de água. Os pilotos que operam o C-130 com MAFFS passam por um treinamento específico em que é necessário um mínimo de 500 horas de voo na aeronave.

Para realizar corretamente a missão, o avião tem que sobrevoar a área do incêndio numa altitude de 50 metros e acionar o equipamento. O lançamento por meio de pressão dura poucos segundos e a própria inércia se encarrega de espalhar o líquido sobre o fogo. Após o lançamento, a aeronave volta para base, onde recebe um novo carregamento de água. O processo de recarga dura cerca de 12 minutos.

Missões nacionais e internacionais

Chile, janeiro de 2014 – Uma aeronave C-130 Hércules da FAB foi enviada ao Chile para ajudar a combater um incêndio florestal que atingiu as comunas de Florida e Temuco. Cerca de 30 militares brasileiros participaram da missão. “Quando lançamos a água, a temperatura do solo diminui, e então a brigada de incêndio pode atuar no combate ao fogo”, explicou, na época, o Major Rogério Vieira Maciel Junior, do 1º Grupo de Transporte de Tropa, do Rio de Janeiro (RJ). A ajuda foi resultado de um pedido da Embaixada daquele país ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

Equador, setembro de 2012 – O governo do Equador solicitou apoio da FAB para combater incêndios florestais que se alastravam por várias províncias do país e causavam mortes.

O Hércules realizou onze voos, utilizando mais de cem mil litros de mistura retardante no combate às chamas. “O Equador tem sido apoiado por governos irmãos, especialmente com o fornecimento de meios aéreos”, declarou o chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas do Equador, General Leonardo Barreiro, durante a operação em 2012.

Brasília, setembro de 2011 – A cidade de Brasília enfrentava uma série de incêndios florestais provocados pela estiagem de mais de 91 dias de duração e pela baixa umidade do ar. O trabalho inicial do C-130 acionado concentrou-se nos arredores do aeroporto de Brasília, onde a fumaça dos focos de incêndio prejudicava o tráfego aéreo. "O apoio da FAB é fundamental para evitarmos que os focos de incêndio se alastrem.

O trabalho do avião não só combate as chamas, como também resfria a temperatura do incêndio e permite o avanço da equipe de solo. São ações que se complementam", comentou o Major Helon Florindo do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, que participou da missão.

Transporte de material e pessoal

A Aviação de Transporte também auxilia no combate a incêndios ao transportar material e pessoal. No caso mais recente, a FAB transportou cerca de 20 toneladas de material como Líquido Gerador de Espuma (LGE) e outros agentes extintores, para conter as chamas no Terminal da Alemoa, na Baixada Santista (SP). O incêndio, em abril deste ano, atingiu seis tanques de combustível e durou nove dias. Aeronaves C-130 Hércules, C-105 Amazonas e C-95 Bandeirante foram acionadas.

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