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Ministro do Iraque busca aproximação com o Brasil na área de defesa

O ministro das Relações Exteriores do Iraque, Ibrahim Al-Jaafari, foi recebido nesta terça-feira (02), em audiência, em Brasília, pelo ministro da Defesa, Jaques Wagner. O principal motivo da visita do chanceler foi solicitar o apoio brasileiro nos esforços militares do governo iraquiano de estabilização do país, especialmente diante das ameaças representadas por grupos extremistas, dentre os quais o chamado estado islâmico.

Na ocasião, Al-Jaafari reforçou a importância de estreitarem os laços entre os dois países, buscar maior aproximação na área de defesa, além de uma possível cooperação brasileira na área militar. “A guerra contra o terrorismo não é uma guerra convencional. Buscamos os países amigos e democráticos para defender aqueles que estão sofrendo com esse fenômeno”, disse o chanceler iraquiano.

“O Brasil tem tradição, de longa data, de paz e solidariedade. Expressamos nossa total solidariedade ao Iraque em face das atrocidades que estão sendo perpetradas no país”, ressaltou o ministro Jaques Wagner.

Indústria de Defesa

O ministro das Relações Exteriores do Iraque também demonstrou interesse em retomar as aquisições dos produtos de defesa brasileiros, visto que, na década de 80, o país foi um grande parceiro comercial do Brasil.

Atualmente, o aquecido mercado brasileiro da indústria de defesa movimenta US$ 6,5 bilhões ao ano (US$ 3 bi em exportação e US$ 3,5 em importação) e gera 30 mil empregos diretos e 100 mil indiretos, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde).

O mercado mundial de Defesa gira em torno de US$ 1,5 trilhão por ano. Em 2014, o Ministério da Defesa autorizou exportações de produtos de defesa no valor de aproximadamente US$ 600 milhões. A expectativa é que cerca de 40 mil novos postos de trabalho deverão ser criados no setor brasileiro até 2020.

Além do ministro Jaques Wagner e do chanceler iraquiano Ibrahim Al-Jaafari, participaram da audiência o chefe de Assuntos Estratégicos do Ministério da Defesa (MD), general Gerson Menandro, o chefe do departamento de Catalogação do MD, almirante Antônio Guerreiro, o diretor do departamento de oriente Médio do Itamaraty, embaixador Carlos Ceglia, o embaixador da República do Iraque no Brasil, Adel Al Kurdi, entre outras autoridades brasileiras e iraquianas.

Comitiva britânica conhece estruturas da Defesa e do Pandiá Calógeras

 Uma comitiva de alunos do Royal College of Defence Studies (RCDS) do Reino Unido, visitou, nesta terça-feira (02), o Ministério da Defesa (MD) com o objetivo de compreender o funcionamento das dinâmicas de segurança do Brasil. Na oportunidade, conheceram as estruturas do MD e do Instituto Pandiá Calógeras.

O Royal College envia anualmente turmas para promover interação entre seus alunos e as realidades locais de países que fazem parte do sistema internacional. Nesta etapa, vieram ao Brasil 22 civis e militares provenientes dos Emirados Árabes, Arábia Saudita, Qatar, Paquistão, Tanzânia, Itália, Líbano, Sudão, Afeganistão, Geórgia e do Reino Unido.
 

No ministério, eles foram recebidos pelo diretor do Instituto Pandiá Calógeras, Antônio Jorge Ramalho, e pelo chefe de gabinete do Instituto, Juliano Cortinhas. Durante o encontro, os alunos obtiveram conhecimento sobre o funcionamento do Instituto e debateram sobre temas ligados ao setor.

Para o diretor do Pandiá, é fundamental perceber a visão dos alunos do RCDS com relação ao Brasil para que localmente se possa avançar em temas como defesa e segurança. “Eles vieram falar sobre a percepção internacional do Brasil e as nossas dinâmicas de segurança. Também puderam conhecer as estruturas e missões do Pandiá e do MD”, disse o professor Ramalho.

Ainda segundo o diretor do Instituto, esse tipo de visita e intercâmbio possibilitam melhor compreensão e atividades locais. “Os alunos tiveram interesse principalmente em discutir os desafios de segurança do Brasil e suas regiões. Eles estão visitando vários países com o objetivo de entender mais profundamente e assim compor uma boa visão acadêmica”.

Na ocasião, foram expostos assuntos de defesa, segurança, e levantados alguns questionamentos referentes aos problemas enfrentados pelo Brasil, como combate ao tráfico de drogas, proteção das fronteiras e da importância das missões de paz e do futuro da indústria de defesa no Brasil.

Para Ramalho, os questionamentos são legítimos. “Eles querem entender o que leva um país como o Brasil a alocar os recursos da forma como faz. Por um lado, isso ajudará a compreender o movimento da região e por outro, permitirá também dimensionar quais seriam as possibilidades de atuar conjuntamente com o Brasil”, acrescentou o professor.

Intercâmbio

Durante a viagem ao Brasil, a comitiva visitou algumas organizações militares. No Rio de Janeiro (RJ), foram ao Complexo Naval de Itaguaí e ao Forte Duque de Caxias. Já em Brasília (DF), conheceram o Centro de Defesa Cibernética (CDCiber), alguns ministérios e por fim, foram recebidos pelo chefe de Gabinete de Segurança Institucional, general José Elito Carvalho Siqueira.

Agora os estudantes seguem para Manaus (AM), onde visitarão as instalações do Comando Militar da Amazônia (CMA) e do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS).

O Royal College fornece cursos para servidores civis de alto escalão e militares de postos mais elevados que tenham o potencial de ascender às instâncias superiores de suas instituições. O curso é formado por estudantes de diferentes nacionalidades, com o objetivo de diversificar os debates e de promover interações entre perspectivas diversas. 

 

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