A Coreia do Norte executou o chefe de sua defesa colocando-o na frente de uma arma antiaérea em um campo de tiro, de acordo com relato do Serviço Nacional de Inteligência (SNI) da Coreia do Sul no Parlamento, no que seria o último de uma série de expurgos de alto nível promovidos por Kim Jong Un desde que assumiu o comando do país.
Hyon Yong Chol, que comandava os militares da Coreia do Norte – país isolado e detentor de armas nucleares– foi acusado de traição, de desobedecer a Kim e de adormecer durante um evento no qual o jovem líder da Coreia do Norte estava presente, de acordo com parlamentares sul-coreanos que ouviram o relato, a portas fechadas, da agência de espionagem nesta quarta-feira.
Sua execução foi vista por centenas de pessoas, segundo o relato do SNI aos parlamentares. Não ficou claro como o SNI obteve a informação e não é possível verificar de forma independente os fatos dentro Coreia do Norte.
"O funcionário do SIN disse que isso foi confirmado por várias fontes. Ainda se trata apenas de dados do setor de inteligência, mas ele disse que estão confiantes", afirmou o parlamentar Shin Kyoung-min, membro da oposicionista Aliança para a Democracia Nova Política, que participou do encontro, em declaração à Reuters.
Especialistas em Coreia do Norte disseram que não há nenhum sinal de instabilidade no país, mas poderia haver se os expurgos continuarem.
Kim ordenou este ano a execução de 15 altos funcionários como punição por desafiarem sua autoridade, de acordo com o SIN.
Ao todo, cerca de 70 funcionários foram executados desde que Kim assumiu o poder após a morte de seu pai em 2011, afirmou o SIN, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap.