O Pentágono está considerando o envio de aviões militares e navios dos Estados Unidos para afirmar a liberdade de navegação em torno de ilhas artificiais em rápida expansão no Mar do Sul da China, em áreas disputadas por vários países, disse uma autoridade norte-americana na terça-feira.
O secretário de Defesa dos EUA, Ash Carter, requisitou opções que incluem o envio de aeronaves e navios dentro de uma área de 12 milhas náuticas (22 quilômetros) de recifes que a China tem erguido no conjunto das Ilhas Spratly, disse o funcionário.
Tal movimento poderia desafiar diretamente os esforços chineses de expandir sua influência no coração marítimo do Sudeste Asiático.
"Estamos considerando como demonstrar a liberdade de navegação em uma área que é fundamental para o comércio mundial", disse o funcionário dos EUA, falando sob condição de anonimato e acrescentando que qualquer opção iria requerer a aprovação da Casa Branca.
O Pentágono e a Casa Branca não comentaram de imediato o assunto, mas é provável que o Mar do Sul da China seja um tópico das conversas durante a visita do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, à China neste fim de semana.
A prática de envio de navios e aviões para perto das ilhas artificiais estaria em linha com as operações militares dos EUA para regular "liberdade de navegação", realizadas no ano passado para desafiar as reivindicações marítimas de 19 países, incluindo a China.
A China foi alvo de críticas do Japão e dos Estados Unidos em 2013, quando impôs uma Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) no Mar do Leste da China, na qual as aeronaves devem identificar-se às autoridades chinesas.
Os Estados Unidos responderam com sobrevoos de bombardeiros B-52 na área.