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Ataques da Jordânia contra EI são início da “vingança” pela morte de piloto

A Jordânia afirmou nesta sexta-feira (6) que os ataques contra o grupo Estado Islâmico são o início de uma "vingança" pela morte do piloto Maaz al-Kassasbeh, queimado vivo pela organização terrorista . O governo jordaniano promete "erradicar" os jihadistas.

"A Jordânia vai perseguir com todas as suas forças a organização [EI] onde ela estiver", declarou o ministro das Relações Exteriores, Nasser Joudeh, em entrevista à rede de televisão americana CNN. "Todos os membros do Daech [outra denominação do grupo EI] são um alvo para nós. Nós vamos perseguí-los e erradicá-los", prometeu.

Joudeh afirmou que a Jordânia tentou salvar o piloto Maaz al-Kassasbeh, capturado em dezembro na Síria depois do acidente com seu avião, mas não revelou detalhes das discussões.

A aviação jordaniana anunciou que diversos caças atacaram redutos do EI no âmbito da operação "Mártir Maaz", nome do piloto assassinado pelos jihadistas. "Todos os alvos foram destruídos. Campos de treinamento e depósitos de armas e munições foram atingidos", afirmou o chanceler. Esses ataques "são apenas o início de nossa vingança pela execução do piloto", insistiu Joudeh.

Na quinta-feira (5), dezenas de aviões foram mobilizados nas operações contra os jihadistas, dois dias após a divulgação do vídeo onde o piloto aparece sendo queimado dentro de uma jaula.

As imagens divulgadas pelas redes de tevê jordanianas mostram a decolagem de vários aparelhos e tomadas aéreas de vários aviões sobrevoando os céus. Imagens também mostram homens e mulheres escrevendo nos mísseis versos do Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, e slogans hostis ao grupo Estado Islâmico, antes da missão.

Ofensiva terrestre?

As Forças Armadas da Jordânia não indicaram os locais dos ataques, mas normalmente elas se concentram na vizinha Síria, país onde a ofensiva do grupo Estado Islâmico ofuscou a rebelião da oposição contra o regime de Bashar al-Assad.

Questionado se a Jordânia irá lançar uma ofensiva terrestre contra os jihadistas, o chanceler Joudeh foi evasivo: "É preciso levar em conta vários fatores, as operações militares em curso, garantir a segurança na região, além dos objetivos de longo prazo que incluem a luta contra a ideologia deste grupo".

Solidariedade

De volta da missão na quinta-feira (5), os aviões sobrevoaram a cidade de Aya, terra natal do piloto executado. O rei Abdallah II esteve no local para encontrar a família de Maaz al-Kassasbeh. Ele esteve acompanhado do chefe do Estado Maior das Forças Armadas e de outros altos dirigentes do governo. 

Manifestações em solidariedade à família do piloto foram agendadass no início da tarde desta sexta-feira por toda a Jordânia depois da tradicional oração nas mesquitas.

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