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Projeto Rondon – em busca do desenvolvimento sustentável


A ideia de levar a juventude universitária a conhecer a realidade deste país continental, multicultural, multirracial e, especialmente, de proporcionar aos estudantes universitários a oportunidade de contribuir para o desenvolvimento social e econômico do País surgiu em 1966, na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, durante a realização de um trabalho de sociologia intitulado "O Militar e a Sociedade Brasileira".

Assim, o Projeto Rondon teve início em 11 de julho de 1967, recebendo esse nome em homenagem ao trabalho do militar e humanista Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon. Ele viveu entre 1865 e 1956, foi o primeiro Diretor do Serviço de Proteção aos Índios e Localização dos Trabalhadores Nacionais (SPI), criado em 1910, e depois se tornou presidente do Conselho Nacional de Proteção aos Índios (CNPI), na década de 50. Vale ressaltar que o Estado de Rondônia tem esse nome em lembrança às ações do Marechal.

A primeira operação do Projeto Rondon, denominada Operação Zero, teve início quando 30 estudantes e dois professores foram do Rio de Janeiro para Rondônia, a bordo de uma aeronave C-47, cedida pelo antigo Ministério do Interior. A sua primeira fase durou até 1989, quando foi cancelado. Durante esses anos, mais de 300 mil voluntários participaram de ações sociais ligadas à iniciativa.

O Projeto Rondon foi retomado em 2005 pelo Governo Federal, sendo suas atividades reiniciadas na cidade de Tabatinga (AM). Coordenadas pelo Ministério da Defesa, o Projeto Rondon envolve a participação voluntária de estudantes universitários na busca de soluções que contribuam para o desenvolvimento sustentável das cidades abrangidas por suas ações. O Projeto objetiva o bem-estar da população e aproximar esses estudantes da realidade do País.

Os “rondonistas”, professores e alunos que participam do projeto, vão concentrar-se em atividades nas áreas de Direitos Humanos e Justiça, Comunicação, Cultura, Educação, Meio Ambiente, Tecnologia e Produção, Saúde e Trabalho.

PROJETO RONDON 2015

Operação MANDACARU

A operação Mandacaru abre as atividades do Projeto Rondon em 2015, sendo realizada no estado do Ceará, no período de 17 e 31 de janeiro de 2015, em 15 municípios da região.

Operação em números

• 15 Município(s) atendido(s)
• 299 Rondonista(s) voluntário(s)
• 30 Instituição(ões) de Ensino Superior participante(s)

Atividades Realizadas

CONJUNTO A

CULTURA:

– Capacitar agentes multiplicadores para o desenvolvimento de atividades que valorizem a cultura local e promovam o intercâmbio de informações.

DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA:

– Capacitar gestores municipais, conselheiros e lideranças comunitárias em gestão de políticas públicas, particularmente na área de desenvolvimento social, como acesso a renda, enfrentamento das situações de trabalho infantil e exploração sexual de crianças e adolescentes; e
– Instalar, dinamizar ou atualizar, conforme o caso, os conselhos municipais, tais como os de educação, de saúde, tutelar, de assistência social, da criança, do meio ambiente, dentre outros.

EDUCAÇÃO:

– Capacitar educadores do ensino fundamental e médio sobre técnicas de ensino e aprendizagem, motivação, relacionamento interpessoal, distúrbios de aprendizagem, educação inclusiva e no atendimento a portadores de necessidades educativas especiais.

SAÚDE:

– Capacitar agentes de saúde em: saúde da família, doenças endêmicas, saúde bucal, acolhimento e humanização do atendimento em saúde e saúde ambiental;
– Capacitar agentes multiplicadores em saúde sexual e reprodutiva de adolescentes e jovens, na prevenção da prostituição infantil, na prevenção do uso do álcool e drogas e na prevenção da violência contra mulheres, crianças e adolescentes;
– Capacitar agentes multiplicadores em ações de incentivo ao esporte e lazer; e
– Capacitar agentes multiplicadores em nutrição, com incentivo na utilização de alimentos regionais.

CONJUNTO B

COMUNICAÇÃO:

– Capacitar agentes multiplicadores e servidores municipais na produção e difusão de material informativo para a população usando os meios de comunicação, em particular as rádios comunitárias; e
– Divulgar às lideranças e servidores municipais os benefícios, serviços e programas oferecidos na esfera federal.

MEIO AMBIENTE:

– Capacitar, mobilizar e realizar campanhas na área de saneamento ambiental, particularmente no que se refere a resíduo sólido, esgotamento sanitário e água.

TRABALHO:

– Capacitar produtores locais, com especial atenção a pequenos agricultores e pecuaristas;
– Incentivar o cooperativismo, associativismo e empreendedorismo para a geração de renda e o desenvolvimento econômico sustentável;
– Promover ações que desenvolvam o potencial turístico local, incluindo a capacitação de mão-de-obra ligada ao comércio de bens e serviços; e
– Capacitar servidores municipais em gestão pública e de projetos.

TECNOLOGIA E PRODUÇÃO:

– Disseminar soluções autossustentáveis – tecnologias sociais – que melhorem a qualidade de vida das comunidades.
 

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