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Marinha do Brasil melhora segurança com a Operação Upiara

César Modesto

Recentemente, a Marinha do Brasil e agentes da lei dos Estados do Pará e Amapá uniram forças para combater o tráfico de pessoas, drogas, armas e munição, além da pirataria.

Eles realizaram a Operação Upiara – palavra indígena que significa “o que (ou aquele) que luta contra o mal” – em águas brasileiras, na região de fronteira no extremo norte do país, de 10 a 19 de novembro. Agentes da lei dos dois Estados também realizaram a Operação Segurança Sem Limites de 10 a 16 de novembro.

Durante a Operação Upiara, o comando do 4º Distrito Naval abordou 1.616 embarcações, com 112 notificações e 20 apreensões por vários crimes.

Ao todo, mais de 1.000 soldados e 28 instituições federais e governamentais realizaram mais de 3.000 ações, inclusive 258 incursões policiais, que resultaram no cumprimento de 12 mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão.

Assistência médica e odontológica humanitária

Além das ações legais, autoridades locais e estaduais que participaram da operação ajudaram a população civil ao realizar 1.280 procedimentos médicos e 1.092 atendimentos odontológicos gratuitos. As autoridades distribuíram 23.700 doses de medicamentos, emitiram 988 carteiras de identidade, forneceram permissão de trabalho para 402 pessoas e ofereceram orientação legal e aconselhamento a 229 indivíduos.

“Os números oferecem condições para que os gestores públicos continuem consolidando parcerias sintonizadas ao planejamento de operações de policiamento, fiscalização e cidadania”, disse Luiz Fernandes Rocha, secretário de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) do Estado do Pará. “Ao contemplar essas ações, a operação deixa clara a perspectiva de uma ação integrada interfederativa, com a participação da sociedade civil e da iniciativa privada.”

Autoridades estaduais e locais ajudaram a garantir o sucesso da operação ao trabalhar em cooperação com oficiais da Marinha.

A importância da cooperação

“Foi uma operação de alcance extraordinário e de uma abrangência única nos Estados do Pará e Amapá”, disse o vice-almirante Edilander Santos, comandante do 4º Distrito Naval, durante uma conferência de mídia em 4 de dezembro em Belém, capital do Pará. “Uma cooperação entre todos e de todos os níveis de governo, e nos sentimos orgulhosos por ter levado segurança e cidadania a todos.”

As prisões, notificações e o atendimento médico e odontológico humanitário oferecidos pela Marinha ajudaram a população civil que precisava dessa assistência.

“Esses estados têm problemas comuns que impactam um o outro, e as ações ocorrerão tanto por via terrestre quanto fluvial. Os estudos mostram que a área de fronteira com a Guiana Francesa é de grande vulnerabilidade”, explicou Antônio Farias, membro do Grupo Especial de Diagnóstico e Monitoramento (GDM) e oficial da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A operação é um verdadeiro marco para a região, considerando a necessidade de saúde e apoio social da população local, disse o secretário Fernandes Rocha.

Operação bem-sucedida e compromisso contínuo

Autoridades locais e estaduais planejam se basear no sucesso da operação.

“Os resultados foram muito além do planejado, tanto em termos de policiamento e fiscalização quanto de cidadania”, disse Fernandez Rocha. “Diante do sucesso obtido, os órgãos participantes, de forma unânime, entendem que a operação deve ser realizada ao menos duas vezes ao ano.”

O pessoal da Marinha que participou da operação foi bem recebido pelas comunidades, o que “permitiu uma sinergia fantástica que acabou impactando o sucesso da operação”, segundo Rocha.

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