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Brian Ellsworth
A líder da oposição venezuelana Maria Corina Machado vai ser acusada por envolvimento em um suposto plano para matar o presidente Nicolás Maduro, afirmaram autoridades na quarta-feira, em uma ação que a ex-deputada classificou como um movimento para silenciá-la.
Líderes do Partido Socialista, que está no poder, acusaram em maio um grupo da oposição, que inclui Maria Corina, de planejar o assassinato de Maduro para abrir caminho a um golpe de Estado. A oposição rejeita com veemência as acusações e alega que as denúncias de planos de assassinato são uma estratégia do governo para desviar a atenção dos venezuelanos dos problemas como escassez de produtos, inflação e violência.
O Ministério Público informou que convocou a ex-deputada a se apresentar na quarta-feira da semana que vem para ser acusada formalmente.
"O Ministério Público citou na qualidade de imputada para o próximo 3 de dezembro a Maria Corina Machado… por sua suposta vinculação com plano magnicida contra o presidente da República", disse em comunicado.
O órgão informou ainda que "vem realizando uma investigação desde o mês de março… por denúncia de vários parlamentares da Assembleia Nacional e de um particular".
A ex-deputada Maria Corina Machado perdeu a imunidade parlamentar este ano, acusada pela maioria governista do Legislativo de abandonar o cargo.
Junto com o ex-prefeito Leopoldo López, que está preso depois de ter sido acusado de promover protestos violentos nas ruas este ano, a ex-deputada lidera a ala mais dura da oposição, que convocou os seguidores a se manifestarem pelo descontentamento com o governo.
Por meio de sua conta no Twitter, Maria Corina confirmou que uma comissão do serviço de inteligência lhe entregou a citação na quarta-feira.
"Se enganam os que acreditam que com ameaças e golpes vão nos calar", escreveu em sua conta.