Um homem foi detido na noite de quarta-feira depois de pular o portão da Casa Branca e ser atacado por cães do Serviço Secreto americano. O episódio chamou a atenção para os animais. O invasor, Dominic Adesanya, de 23 anos, chutou e deu socos nos cachorros que foram para cima dele no gramado da sede do Executivo, ajudando na abrodagem dos agentes.
A reação dos cães foi evidenciada pelo republicano Jason Chaffetz, presidente do Comitê de Segurança Nacional na Câmara dos Deputados. “Eu amo estes cachorros. Eu odeio quando alguém agride os cães, mas obviamente eles estavam preparados para aguentar estes socos. Estou ansioso em vê-los novamente em ação”, disse.
Adesanya foi levado ao hospital para tratar de ferimentos leves decorrentes de mordidas dos cães e é mantido em custódia. Ele foi indiciado por sete delitos, incluindo agressão – no caso, aos cachorros. Também responderá por resistir à prisão e por entrar sem autorização em local restrito, informou o jornal The Washington Post.
Nesta quinta, o pai do invasor disse que Adesanya queria dizer ao presidente que alguém tinha escondido equipamentos de espionagem na casa de sua família. Victor Adesanya disse que seu filho tem problemas mentais. O pai afirmou que Dominic é “um bom filho” e ressaltou que ele não queria machucar Barack Obama.
O incidente de ontem não foi o primeiro envolvendo Dominic. No final de julho, ele ultrapassou uma barreira na Casa Branca e, poucos dias depois, tentou invadir o Departamento do Tesouro. Documentos judiciais obtidos pelo jornal indicaram que ele sofre de paranoia e chegou a pedir aos policiais que retirassem câmeras instaladas em sua casa.
Nesta quarta, tanto o presidente Barack Obama quanto a sua família estavam no prédio no momento do incidente, mas as autoridades não revelaram onde cada um se encontrava especificamente. A ala norte da Casa Branca chegou a ser isolada.
A segurança da família do presidente passou a ser questionada depois de vários episódios com invasores na residência oficial. Em setembro, o veterano do Exército Omar Gonzalez, de 42 anos, chegou a entrar no prédio, armado com uma faca. O caso resultou na queda da chefe do Serviço Secreto.
Uma investigação ainda está em curso para apurar por que os agentes não soltaram seus cachorros quando avistaram o invasor. Uma das teorias indica que os agentes ficaram receosos com a possibilidade os cães se confundirem e atacarem os policiais, já que o suspeito era perseguido por dezenas de oficiais.