Desde 15 de setembro, os Capitães Elisandro e Faraco, instrutores da Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea, estão participando do Treinamento de Instrutores do Simulador da VBC DAAeGepard 1A2, na sede da empresa KMW, na Alemanha.
Durante o treinamento, com duração de três meses, os militares terão a oportunidade de aprender a operar e programar a Estação do Instrutor, o que possibilitará o adestramento das guarnições e o melhor emprego das VBC DAAeGepard 1A2 recentemente adquiridas.
História do Gepard
Uma das variantes projetadas sobre a plataforma do carro de combate Leopard que foi desenvolvido e produzido nos anos 60/70 pela indústria alemã.
Os Requisitos Operacionais do Gepard foram formulados pelo Exército Alemão, nos anos 60. Duas empresas apresentaram propostas e protótipos: a Oerlikon Contraves (hoje Rheinmetall Air Defense) e a própria Rheinmetall.
Em 1973 é escolhida a versão da Oerlikon Contraves com a adoção do radar Siemens MPDR12, que tinha sido desenvolvido para a versão Matador da Rheinmetall.
A versão escolhida foi o Gepard equipada com dois canhões Oerlikon 35 mm KDA. Cada canhão tem 310 tiros para AA e 20 tiros para AT (anticarro). O engajamento do alvo ocorre a 3.000 a 5.000 m com rajadas de 20 a 40 tiros.
Foi desenvolvida nova munição que estende o alcance para até 5.000m
Os países que adquiriram o Gepard foram:
:: Alemanha – 423 carros
:: Holanda – 100 com radar da Hollandsee Signalapparaten (hoje Thales), que equipava a versão Matador da Rheinmetall
:: Bélgica – 55 carros iguais à versão alemã
A România adquiriu uma quantidade de excedentes do Exército Alemão em 1999.
Os principais requisitos e características do GEPARD:
– alto nível de proteção;
– alta mobilidade;
– autônomo (só dependente de apoio logístico para combustível e munição)
– busca independente e sensores de rastreamento;
– proteção NBQ para a tripulação, e,
– capacidade de operar em ambiente de interferências eletrônicas;
Seu principal objetivo na época (anos 70/80), eram defesa antiaérea contra aviação tática soviética (Aviação do Front), e principalmente os helicópteros de ataque equipados com mísseis como o Mi-24 Hind.
O primeiro contrato de produção para 122 Gepard foi assinado com a empresa KraussMaffei (Hoje KMW).Em 1980 foi encerrada a produção para todo os clientes.
Em 1996 o Exército Alemão contratou a KMW para aperfeiçoamento do Gepard surgindo a versão A2.
Foram incorporados: um sistema de tiro digital,visores termais estabilizados, datalink a um centro de controle de defesa aérea/ monitoramento, sensores de velocidade da munição (Vo) mais aperfeiçoados.
No Brasil
Os planos de mobiliar a modernizar a defesa antiaérea do Exército Brasileiro dentro do Projeto Estratégico Defesa Antiaérea surgiu o Gepard 1 A2 como uma opção de baixo custo e atendendo a rápida disponibilidade.
Para isto foram adquiridos 37 carros de combate Gepard, que virão para o Brasil até 2015. O material irá dotar as Baterias Antiaéreas das Brigadas Blindadas do Exército. Os Gepard foram distribuídos para unidades subordinadas à 6ª Brigada de Infantaria Blindada, localizada no Rio Grande do Sul, e também para a Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea no Rio de Janeiro.
A avaliação do Exército Brasileiro levou à solução de Artilharia Antiaérea em vez de mísseis pela sua pronta resposta e a possibilidade de tratar contra alvos móveis e de pequena seção visível ao radar como os UAVs e Drones.
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O Tenente Picardo da 6ª Bateria de Artilharia Antiaérea Autopropulsada (6BiaAAAeAP), mostrou o veículo em um “walk around”, ressaltando que o mesmo estava sendo preparando e limpo para o desfile de 7 de Setembro. (Ver Vídeo abaixo)